Separado Para Deus

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Samuel, O Profeta


Samuel foi um dos maiores líderes do povo de Israel. Ele foi o último e o mais importante dos juízes, como também o primeiro da escola profética (Atos 3:24; 13:20). O profeta Samuel certamente é uma das figuras mais notáveis da Bíblia. A história de Samuel revela que ele era considerado a pessoa mais proeminente desde Moisés nos tempos do Antigo Testamento (cf. Jeremias 15:1).
O significado exato do nome “Samuel” é incerto, mas várias alternativas têm sido sugeridas pelos intérpretes. As principais são: “ouvido por Deus”, “aquele que provém de Deus”, “nome de Deus” e “prometido ou dado por Deus”. A vocalização do nome Samuel em hebraico sugere o significado de “ouvido por Deus”, mas isso é inconclusivo.

A História de Samuel na Bíblia
Samuel era filho de Elcana com Ana. Elcana era um homem piedoso da região de Efraim e de linhagem levítica. Sua mãe durante um longo tempo permaneceu estéril, uma condição que lhe entristeceu muito. Por não poder gerar filhos, Ana era provocada por Penina, a outra esposa de Elcana.
Elcana tinha o costume de todos os anos ir até Siló para adorar e sacrificar a Deus no Tabernáculo. Em uma dessas ocasiões Ana foi até o Tabernáculo e rogou ao Senhor que lhe desse um filho. Ela prometeu que entregaria esse filho ao Senhor, para ser um nazireu de Deus (1 Samuel 1:10ss; cf. Números 6:5).
O Senhor ouviu a suplica de Ana e lhe deu um filho, e depois dele mais outros cinco filhos. Samuel nasceu num dos períodos mais turbulentos da história do povo israelita. Os israelitas viviam sob constante opressão e ameaça da parte dos filisteus, e a nação encontrava-se em um terrível declínio espiritual.

O Profeta Samuel Como Juiz de Israel
Ana cumpriu seu voto ao Senhor, e desde sua infância Samuel serviu no Tabernáculo sob os cuidados do sacerdote Eli. Nessa época ele já usava uma veste sacerdotal e um éfode de linho (Samuel 2:18; 3:1).
A Bíblia diz o Senhor se manifestava a Samuel desde quando ele era ainda muito jovem. Em certa ocasião de sua juventude, Samuel recebeu uma revelação divina acerca da destruição da casa de Eli. O texto bíblico informa que houve certa relutância de Samuel em comunicar a mensagem. Enquanto Samuel crescia, tornava-se evidente que o Senhor era com ele. Assim todo o povo entendeu que Samuel havia sido comissionado como profeta do Senhor (1 Samuel 3:1-21).
Conforme Deus havia falado a Samuel, a casa de Eli foi entregue à destruição, e o povo e a Arca da Aliança foram entregues aos filisteus. Após um intervalo de tempo, Samuel aparece na narrativa bíblica conclamando o povo ao arrependimento e a rededicação da verdadeira adoração em Israel abolindo a idolatria.
Ele foi usado por Deus para conduzir Israel à vitória contra os filisteus em Mispá. Depois ele erigiu um lembrete de tudo o que havia ocorrido com Israel, de como saíram de uma situação de derrota para uma grandiosa vitória por meio da submissão ao Senhor. Esse marco memorial Samuel chamou de Ebenézer, e disse: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Samuel 7:1-14).
Então Samuel construiu um altar em Ramá, onde estava a sua casa, e julgou a Israel. Para tanto, ele até estabeleceu um circuito pelas cidades próximas, a fim de exercer sua liderança sobre o povo (1 Samuel 7:15-16).

Samuel e a Monarquia em Israel
A Bíblia não fornece muitas informações sobre a vida familiar de Samuel, mas destaca a conduta reprovável de seus filhos. Os filhos do profeta Samuel não seguiram seu exemplo e abraçaram a iniquidade. Eles até aceitavam subornos e pervertiam os julgamentos (1 Samuel 8:3).
Diante desse cenário, e sem vislumbrar um possível substituto para Samuel, o povo começou a pedir uma alternativa. Essa alternativa era a monarquia. Deus já havia prometido dar reis ao seu povo, mas os israelitas não estavam dispostos a esperar a ação divina nesse sentido (cf. Gênesis 17:16; 49:10; Deuteronômio 17:14-20).
Então eles buscaram um rei para si com a motivação errada, conforme suas próprias ambições, e sem se atentar à Lei de Deus. Aquela atitude do povo era uma rejeição direta ao próprio Deus, e não a Samuel. Então o Senhor autorizou Samuel a atender ao pedido do povo. Samuel ainda alertou acerca do preço que os israelitas teriam de pagar por escolher um rei fora do tempo oportuno (1 Samuel 8:11-18).
Então Saul foi o homem escolhido para ser o primeiro rei de Israel. Ele era um homem valente, corajoso, de boa aparência, e tinha certos dons carismáticos para a liderança. Então Samuel ungiu Saul como rei e comunicou essa unção publicamente em Mispá. Após a vitória dos israelitas sobre os amonitas, aconteceu uma cerimônia de coração (1 Samuel 9:1-11:15).

O Profeta Samuel e Davi
Saul foi incapaz de discernir e valorizar o que era espiritual. Ele advogou para si privilégios sacerdotais ao oferecer pessoalmente sacrifícios. Depois ele violou as coisas consagradas ao Senhor e desobedeceu as ordens divinas na ocasião da vitória sobre os amalequitas (1 Samuel 13:9-15:10).
Diante de tudo isso, Samuel anunciou que Saul havia sido rejeitado como rei de Israel (1 Samuel 15:26-28). Então o Senhor deu instruções a Samuel acerca da sucessão ao trono de Israel. Ele foi enviado à casa de Jessé, onde segundo a direção do Senhor, ungiu Davi como o novo rei de Israel.
O episódio da unção de Davi demonstra com clareza a importância de Samuel em Israel. Os anciãos de Belém tremiam diante de sua presença. Eles reconheciam a autoridade da parte do Senhor que estava sobre a vida de Samuel (1 Samuel 16:4).
A unção de Davi foi o último ato oficial de Samuel registrado na Bíblia. Depois disso, Samuel aparece uma última vez em Ramá, na “casa dos profetas”, presidindo sobre eles. Naquela ocasião Davi lhe procurou ao fugir de Saul (1 Samuel 19:18-24).

A Morte de Samuel
Depois da menção em Ramá entre os profetas, nada mais é dito sobre a vida de Samuel. Apenas dois versículos falam de sua morte (1 Samuel 25:1; 28:3). Samuel morreu e foi sepultado em Ramá, e houve grande lamento entre o povo. Isso demonstra que a reputação de Samuel permaneceu limpa até o fim de sua vida.
Samuel morreu antes mesmo de ver Davi, a que ungira como rei, assumir oficialmente o trono de Israel. Depois a Bíblia relata a tentativa patética e pecaminosa de Saul em tentar consultar a Samuel após a sua morte com ajuda de uma feiticeira de En-Dor (1 Samuel 28:15). Numa passagem de difícil interpretação, Saul escutou naquela ocasião uma predição de sua derrota contra os filisteus e ascensão de Davi ao trono.
O profeta Samuel foi uma das pessoas mais importantes da história de Israel, e uma figura notável do Antigo Testamento. Ele foi o primeiro de uma tradição profética em Israel, o último dos juízes e aquele que ungiu os primeiros reis da nação. Seu exemplo de fé atravessou os séculos, e por isso ele é mencionado pelo escritor de Hebreus entre os heróis da fé (Hebreus 11:32).



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

Salomão, O Sucessor de Davi


O rei Salomão foi o terceiro rei de Israel, filho de Davi e Bate-Seba (2 Samuel 12:24). O rei Salomão governou sobre Israel aproximadamente entre 971 e 931 a.C. Salomão é conhecido por sua sabedoria, e por ter sido o rei que construiu o primeiro Templo de Jerusalém. Neste texto conheceremos um pouco mais sobre quem foi Salomão na Bíblia.
O nome do rei Salomão aparece cerca de 300 vezes no Antigo Testamento e 12 vezes no Novo Testamento. Entretanto, Salomão não é mencionado na narrativa bíblica até que são descritos os últimos dias de seu pai, o rei Davi.

A História de Salomão
O rei Salomão também era conhecido por Jedidias, que significa “amado pelo Senhor”, como assim foi chamado pelo profeta Natã (2 Samuel 12:25). Não existe praticamente nenhuma informação sobre os primeiros anos de vida e a juventude de Salomão.
Sabe-se que ele foi o segundo filho de Davi e Bate-Seba, ex-mulher de Urias, já que o primeiro filho do casal morreu logo após o nascimento (2 Samuel 12:18). Falando especificamente sobre seu pai, Salomão então foi o quarto dos filhos de Davi nascidos em Jerusalém (Samuel 5:14; 12:24).
Considerando as informações bíblicas acerca da vida de Davi, podemos estabelecer um parâmetro sobre o tipo de ambiente em que Salomão cresceu. Sabemos que Davi casava-se com frequência, o que obviamente resultava em constante tensão entre as esposas e seus filhos, que protagonizavam as mais variadas intrigas, geralmente em busca de prestígio.

A Coroação do Rei Salomão
Durante o período em que Davi esteve debilitado antes de sua morte, houve uma intensa luta pelo trono de Israel. A oposição inicial de Absalão também pôde ser vista na pessoa de Adonias, o mais velho dos filhos sobreviventes de Davi (2 Samuel 3:4; 1 Reis 1:5s).
Adonias conseguiu o apoio de Joabe, ex-general de Davi, e do sacerdote Abiatar, e tentou de todas as maneiras ocupar o trono de Davi ainda nos últimos dias dele, fazendo inclusive uma festividade de coroação.
Quando souberam do plano de Adonias, os aliados de Salomão trataram de trabalhar para que Davi se lembrasse da promessa ainda não cumprida a respeito de Salomão, de que ele seria seu sucessor (1 Crônicas 22:9,10). Assim, Davi deu ordens acerca da ascensão de Salomão ao trono, e este foi coroado rei em Israel, sendo ungido por Zadoque (1 Reis 1:28-39). Provavelmente quando foi coroado rei Salomão não tinha muito mais do que 18 anos.

O Reinado do Rei Salomão
O rei Salomão reinou por 40 anos em Israel. Os estudiosos discutem se o seu período de reinado ocorreu aproximadamente entre 971 e 931 ou entre 960 e 920 a.C., sendo a primeira possibilidade a mais provável.
Logo após a morte de Davi, o rei Salomão seguiu as instruções de seu pai e agiu em conformidade para solidificar sua posição como rei e desmantelar sua oposição. Assim, após as mortes de Adonias e Joabe, e o banimento de Abiatar, Salomão passou a reinar sem oposição interna.
O rei Salomão herdou de Davi um extenso território, com aproximadamente 128 mil quilômetros quadrados. Durante seu reinado, Salomão melhorou muito as condições domésticas em Israel. O rei Salomão substituiu as antigas divisões tribais por uma divisão de seu território em 12 distritos administrativos, os quais cada um possuía um oficial comissionado pelo rei.
Esses distritos tinham a responsabilidade de prover o sustento para corte durante o ano, sendo então cada distrito responsável pelo suprimento de um mês. A lista de mantimento era bastante onerosa e pode ser consultada em 1 Reis 4:22,23.
A corte do rei Salomão era bastante completa e organizada, e os seus auxiliares de governo eram chamados de príncipes, sendo eles:

* Azarias, filho de Zadoque, como sumo sacerdote.
* Eliorefe e Aias, secretários.
* Josafá, encarregado dos registros.
* Benaia, o general do exército.
* Zadoque e Abiatar, sacerdotes.
* Azarias, filho de Natã, como supervisor dos 12 oficiais comissionados nas unidades administrativas.
* Zabude, conselheiro do rei.
* Aisar, mordomo.
* Adonirão, superintendente do serviço forçado que foi utilizado por Salomão em suas realizações.

No âmbito militar, o rei Salomão também fez melhorias significativas. Ele introduziu carros de batalha e cavalaria em seu exército. Também proveu novas estradas e estabeleceu fortalezas de fronteira para guardar as rotas de comércio.

O Rei Salomão Como Um Grande Comerciante
A atividade comercial era o ponto forte do reinado de Salomão. Ele controlou rotas de comércio e estabeleceu pontos estratégicos de atuação que lhe renderam muita receita, de modo que a prata tornou-se tão comum em seu reino quanto à pedra e o cedro, fazendo com que ele vivesse em meio a um esplendor de riquezas nunca visto antes em Israel. Salomão conseguiu boa receita através das taxas cobradas das caravanas que precisavam cruzar seu território.
O rei Salomão foi um grande diplomata, e utilizou até mesmo os seus casamentos para conseguir vantajosos acordos internacionais para sua nação, fazendo com que durante todo o seu reinado, raramente Israel preciasse se preocupar com alguma ameaça militar.
O primeiro acordo comercial de Salomão foi com Hirão, rei de Tiro. Nele, Salomão pagava anualmente algo equivalente a 2.000 toneladas de trigo e 400 mil litros de azeite de oliva puro, em troca de madeira e marmoreiros para suas construções.
O rei Salomão também firmou um contrato com comerciantes do Egito para o comércio de cavalos e carros, e, por sua vez, os exportava aos heteus e sírios obtendo bom lucro (1 Reis 10:28ss).
A atuação comercial que trouxe mais lucro para o rei Salomão foi seu comércio marítimo, onde seus barcos navegavam pelo Mar Vermelho, no Oceano Índico, chegando até Ofir. Tais viagens poderiam durar até três anos.
Quando considerara a receita anual proveniente de suas estratégias comerciais, das taxas que recebia pelo tráfego de mercadorias e dos impostos que recebia da população presente em todo o território que controlava, a estimativa da soma atinge um nível excepcional, colocando o rei Salomão como um dos homens mais ricos de toda a História da humanidade.

A Construção do Templo e os Outros Edifícios do Rei Salomão
De todas as construções realizadas durante o reinado do rei Salomão, certamente o Templo em Jerusalém é a mais importante delas. Conforme a promessa do próprio Deus, o rei Salomão executou o projeto de seu pai de construir um Templo para abrigar a Arca da Aliança.
Para obter a mão de obra necessária, o rei Salomão recorria ao trabalho forçado. Ele fez colocou os cananeus na condição de escravos do estado de Israel (1 Reis 9:20,21). Todavia, o número de trabalhadores cananeus era insuficiente para suprir seus planos, então ele recrutou israelitas para tal tarefa, obrigando-os também a um tipo de trabalho forçado.
Essa medida foi bastante impopular, fato que ficou evidenciado no episódio do assassinato de Adonirão, o superintendente dos grupos de trabalhadores (1 Reis 4:6; 5:13-18; 2 Crônicas 2:17,18).
O Templo construído por Salomão ficava localizado no Monte Moriá, o lugar onde o rei Davi havia edificado um altar ao Senhor (2 Samuel 24:16-25; 1 Crônicas 21:15-25) e provavelmente onde Abraão teria subido com Isaque para sacrificá-lo.
Apesar de Davi ter coletado materiais para a construção do Templo (1 Crônicas 22:2-4), foi no quarto ano do reinado de Salomão que ele começou a ser construído. Mesmo parecendo uma construção com uma dimensão modesta na atualidade, o edifício do Templo representava uma construção grande na época, medindo: 30 metros de comprimento, 10 de largura e 15 metros de altura. Sua construção levou um período de sete anos.
Quando concluiu a construção do Templo no décimo primeiro ano de seu reinado, o rei Salomão planejou uma grande celebração, onde muitos sacrifícios foram oferecidos na dedicação do edifício (1 Reis 8-9; 2 Crônicas 5-7).
Dentre os outros edifícios construídos pelo rei Salomão em Israel, podemos destacar:

* A casa do bosque do Líbano que tinha 50 metros de comprimento, 25 de largura e 15 metros de altura.
* Um pórtico de colunas medindo 25 por 15 metros.
* Uma sala para seu trono, onde ele realizava os julgamentos.
* Uma casa para a filha de Faraó, uma de suas esposas, cujo local possuía a imponência digna de uma filha de um monarca egípcio.

A própria residência de Salomão foi um uma construção considerável, onde acomodava 700 esposas e 300 concubinas, além dos servos necessários (1 Reis 11:3). Salomão também edificou Milo, uma enorme fortaleza para proteger o Templo (1 Reis 9:24).

A Sabedoria do Rei Salomão
Em 1 Reis 3 e 2 Crônicas 1 lemos o registro do sonho que o rei Salomão teve, onde o Senhor lhe apareceu e lhe perguntou o que ele mais desejava receber. Salomão poderia ter pedido riquezas, longevidade ou honra, porém o jovem rei pediu sabedoria, isto é, “um coração compreensivo” para poder governar prudentemente o seu povo.
Um dos episódios que mais destaca a sabedoria do rei Salomão é aquele em que duas mães compareceram à sua presença disputando um único recém-nascido. O caso era bastante difícil, pois não havia nenhuma testemunha.
Com muita sabedoria, o rei Salomão propôs que o menino fosse dividido em duas partes para solucionar o problema. Diante da possibilidade da morte de seu filho, a verdadeira mãe preferiu entregar o menino à mulher impostora, e isto fez com que Salomão julgasse aquela causa de forma impecável.
A sabedoria do rei Salomão também pode ser percebida em toda literatura que ele produziu. Salomão compôs milhares de provérbios e cânticos (1 Reis 4). A profundidade de seus provérbios também impressiona, de modo que a Bíblia relata que ele discorreu sobre as árvores, os animais, as aves, os répteis e os peixes (1 Reis 4:33).
Além dos relatos bíblicos, muitas lendas e documentos da antiguidade se referem a espetacular sabedoria de Salomão. Entre os livros da Bíblia, é atribuído a Salomão a autoria de uma grande parte do livro de Provérbios, bem como Eclesiastes e Cântico dos Cânticos, também chamado de Cantares de Salomão e os Salmos 72 e 127.
A Bíblia diz que a sabedoria de Salomão impressionava de tal modo que vinham pessoas de todos os povos e de todos os reis da terra para ouvir de sua sabedoria (1 Reis 4:34). Uma dessas visitas foi feita pela rainha de Sabá, que “veio dos confins da terra” para poder ouvir pessoalmente a sabedoria do rei Salomão (Mateus 12:42).
A rainha de Sabá fez muitas perguntas e enigmas a Salomão, e o rei respondeu inteligentemente a todos os questionamentos feitos por ela, deixando-a completamente impressionada (1Rs 10:8). Na ocasião, a rainha de Sabá presenteou o rei Salomão com muitos presentes, além de 120 talentos de ouro (1 Reis 10:8-10). Saiba mais sobre os pesos e medidas na Bíblia.

O Declínio e Morte do Rei Salomão
Apesar de toda a sabedoria que tinha, o rei Salomão tomou atitudes que lhe trouxeram problemas, dentre as quais podemos destacar:

* O trabalho forçado a qual submeteu o seu povo.
* As práticas comerciais internacionais que de alguma foram fizeram com que a idolatria entrasse no meio do povo pelo contato com outros povos.
* A pesada carga de impostos que sobrecarregava os israelitas. 
A intensa poligamia, que foi o principal meio pelo qual outros deuses começaram a ser considerados em território hebreu.

De toda essa lista, certamente sua vida conjugal é a que mais merece destaque, pois além da poligamia praticada por Salomão, suas esposas estrangeiras fizeram com que, em sua velhice, ele praticasse uma adoração mista, seguindo outros deuses (1 Reis 11:4).
Para o rei Salomão, o casamento fazia parte de sua estratégia política, ou seja, ele firmava muitas alianças através de seus casamentos. Foi assim que ele atingiu o impressionante número de 700 esposas além de 300 concubinas.
Entres as esposas do rei Salomão estava a filha de Faraó, e, por ocasião dessa união, o Faraó do Egito lhe deu como dote a cidade de Gezer (1 Reis 9:16). Algumas tradições árabes, judaicas e etíopes, sugerem que Salomão também teve um relacionamento amoroso com a rainha de Sabá, tendo até mesmo nascido um filho desse envolvimento, Menelik I, fundador da casa real etíope, porém a Bíblia não relata nada acerca disso.
O grave pecado do rei Salomão, ao afrontar a adoração monoteísta em Israel quando começou a seguir outros deuses para satisfazer suas esposas estrangeiras, não poderia ficar impune. Tal comportamento foi reprovado pelo Senhor que, por sua misericórdia e amor a Davi, suspendeu seu julgamento total durante o período de vida de Salomão, ou seja, não lhe tirou o reino, mas após a sua morte o castigo foi derramado e o reino foi tirado de seu filho, na ocasião em que o reino de Israel foi dividido.
Mesmo em vida, Salomão experimentou as ameaças de inimigos levantados por Deus, como Hadade, Rezom e Jeroboão. Esse último era um líder forte e trabalhador que se rebelou contra as políticas do rei Salomão, e nos dias de reinado do filho de Salomão, Roboão, ele dividiu o reino de Israel em duas partes, norte (Israel) e sul (Judá), e se tornou rei sobre as 10 tribos do norte. Saiba mais sobre os reis de Israel e reis de Judá.
Apesar de encerrar sua vida de forma melancólica, deixando um reino desgastado e prestes a ruir, o rei Salomão fez contribuições importantíssimas para Israel, sendo aquele que construiu o Templo, o que colocou Israel no cenário internacional e foi o principal autor da literatura de sabedoria hebraica.
Também é importante mencionar que toda a glória e esplendor do reino de Salomão tipificou o reino eterno do Messias, de forma que o Salmo 72, num frequente uso de linguagem hiperbólica, ao mesmo tempo em que se refere ao rei humano também prenuncia o Cristo.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, Três Jovens Que se Mantiveram Fiéis


Sadraque, Mesaque e Abede-Nego são os nomes babilônicos dados a Hananias, Misael e Azarias, três jovens que estavam entre os hebreus que foram levados cativos para a Babilônia pelo rei Nabucodonosor.
Neste estudo bíblico, conheceremos um pouco mais sobre a história dos três jovens conhecidos por terem sido companheiros do Profeta Daniel e, sobretudo, pelo episódio em que foram lançados na fornalha de fogo ardente.

A História de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego
A história de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego está registrada no livro de Daniel. Antes de falarmos sobre a história desses três jovens descrita na Bíblia, faremos uma pequena introdução sobre cada um deles.

Sadraque – Hananias
Sadraque foi um dos príncipes de Judá levado cativo para a Babilônia. O nome Sadraque é babilônico e, apesar de muitas tentativas por parte dos estudiosos, nenhum significado realmente satisfatório foi encontrado para esse nome. Já seu nome hebraico, Hananias, significa “Jeová tem sido gracioso” ou “Jeová foi misericordioso”.
É importante que esse Hananias não seja confundido com os outros personagens bíblicos que também tinham esse nome, principalmente com o Hananias filho de Azur, um falso profeta que teve sua morte predita pelo Profeta Jeremias (Jr 28).

Mesaque – Misael
Mesaque foi o nome babilônico dado pelo chefe dos eunucos na Babilônia ao jovem Misael. Seu nome hebraico, Misael, significa “Quem é igual a Deus?”. Já o nome babilônico Mesaque, também tem seu significado muito discutido entre os estudiosos, de modo que não se sabe com exatidão sua interpretação devido ao fato de não se conhecer nenhum nome babilônico como esse.
Entretanto, alguns intérpretes sugerem que Mesaque em acádio pode ter sido Mishaaku, que significa “Quem é igual à Aku?”. Aku era o deus sumeriano da lua. Outros defendem que o nome possa significar apenas “Quem é esse?”, para que fosse evitada a ofensa a um hebreu piedoso.

Abede-Nego (ou Abednego) – Azarias
Azarias, outro jovem hebreu levado cativo para a Babilônia, também teve seu nome trocado para Abede-Nego (ou Abednego) que significa “servo de Nebo”. Nebo era o principal deus cultuado na Babilônia. Por esse motivo, muitos acreditam que os escribas judeus trocaram “Nebo” por “Nego”, para que o nome não honrasse uma divindade pagã. Por outro lado, seu nome hebraico Azarias significa “Jeová tem ajudado”.

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego se Destacam na Babilônia
A Bíblia não nos fornece muitas informações sobre Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Apesar disso, é possível ter uma clara ideia sobre o perfil desses homens. No primeiro capítulo do livro de Daniel, temos a descrição sobre a chegada dos jovens hebreus na Babilônia. Entre esses jovens estavam Hananias, Misael e Azarias, além, é claro, de Daniel.
Como já dissemos anteriormente, os três jovens, assim como ocorreu com Daniel, também receberam nomes babilônicos (Daniel 1:7). A troca de nomes era uma prática muito comum na época, e geralmente indicava o início de uma nova fase na vida.
Originalmente, apesar disso não implicar necessariamente em uma desonra, sabemos que os nomes hebraicos dos jovens faziam referências ao Senhor, e seus novos nomes babilônicos possivelmente faziam referências às divindades pagãs da região, de modo que, se considerarmos esse paralelo, tal situação foi muito difícil para aqueles jovens, e do ponto de vista religioso, podemos entender como uma desonra.
Juntamente com Daniel, os três jovens também se recusaram a comer das iguarias da mesa do rei e tomar do vinho que lhes era servido, sendo alimentados apenas com legumes e água. Inicialmente foi feito um período de prova por dez dias. No final dos dez dias, Daniel, Hananias, Misael e Azarias estavam mais robustos do que os demais jovens que continuaram se alimentando com o banquete real (Daniel 1:10-16).
A Bíblia diz que Deus deu aos quatro jovens o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria (Daniel 1:17). Após o período de preparação a que foram submetidos, os quatro jovens foram levados pelo chefe dos eunucos à presença do rei Nabucodonosor, e entre todos os outros não havia ninguém que se comparasse aos quatro amigos (Daniel 1:18-20).
No capítulo 2 do livro de Daniel, temos o registro de como ocorreu a interpretação do sonho de Nabucodonosor por Daniel. Apesar de não serem figuras centrais desse episódio, sendo apenas citados brevemente no versículo 17, Hananias, Misael e Azarias aparecem desempenhando um papel fundamental diante daquela situação.
Como até então ninguém havia interpretado seu sonho, Nabucodonosor ordenou que todos os sábios fossem mortos, isso incluía Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Quando ficou sabendo de tal ordem, Daniel pediu a Arioque, chefe da guarda do rei, um tempo para que ele pudesse apresentar a interpretação do sonho. Então Daniel foi para casa e contou aos seus companheiros o que estava acontecendo, e juntos eles intercederam a Deus pela interpretação do sonho.
Mais tarde, a pedido de Daniel após interpretar o sonho de Nabucodonosor, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram promovidos a uma posição administrativa na província da Babilônia (Daniel 2:49).

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e a Fornalha de Fogo Ardente
No capítulo 3 do livro do Profeta Daniel, encontramos a narrativa que dá maior ênfase a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Na ocasião, Nabucodonosor fez uma grande imagem de ouro e ordenou que, quando a música tocasse, todos os povos, nações e homens de todas as línguas deveriam se prostrar e adorar a imagem de ouro que havia sido levantada. Quem se recusasse seria lançado na fornalha de fogo ardente (Daniel 3:1-7). Esse tipo de fornalha ou forno era muito utilizado na Babilônia para a fabricação de tijolos, porém não era incomum ver tais fornalhas serem usadas em execuções (Jeremias 29:22).
Como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não atenderam a ordem do rei, logo foram denunciados e conduzidos até a presença do furioso Nabucodonosor. Antes de aplicar a pena capital, o rei ainda tentou convencê-los a se prostrarem diante de sua imagem, terminando seu discurso com a seguinte pergunta: “Quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (Daniel 3:15). A resposta dos três homens foi uma pura expressão de fidelidade a Deus e confiança em Sua vontade.

"Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.
Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei.
E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste." (Daniel 3:16-18)

Nabucodonosor ficou transtornado com tal resposta, e ordenou que ascendessem a fornalha sete vezes mais do que o de costume e que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego fossem lançados nela (Daniel 3:19).
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram amarrados com seus mantos, túnicas e chapéus e foram atirados na fornalha de fogo ardente. A fornalha estava tão aquecida, e a intensidade das chamas era tão grande, que os homens encarregados de lançá-los na fornalha acabaram morrendo somente por se aproximar dela (Daniel 3:22).
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego caíram atados dentro da fornalha. Então, Nabucodonosor se espantou, pois no mesmo instante, ele começou a ver quatro homens soltos passeando dentro do fogo, sem nenhum dano, sendo que, segundo Nabucodonosor, o aspecto do quarto homem era semelhante “a um filho dos deuses” (Daniel 3:25).
Expressão “filho dos deuses” era comum no mundo antigo e poderia referir-se a seres celestiais. Nesse caso específico, o próprio texto (vers. 28) esclarece que se tratava de um anjo. Muitos estudiosos identificam esse anjo como sendo o “Anjo do Senhor”, e também consideram a possibilidade de ter ocorrido ali um aparecimento de Cristo anterior à sua encarnação.
Diante desse evento sobrenatural, Nabucodonosor chamou a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego para fora da fornalha. Mesmo estando em uma fornalha tão aquecida, nem mesmo os cabelos ou as roupas dos homens ficaram chamuscados. Então, Nabucodonosor reconheceu a grandeza do Deus daqueles homens e fez um decreto dizendo que qualquer um que blasfemasse contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seria despedaçado (Daniel 3:28,29).
A Bíblia encerra a narrativa sobre Sadraque, Mesaque e Abede-Nego nos informando que Nabucodonosor os fez prosperar na província da Babilônia (Daniel 3:30). O apócrifo 1 Macabeus (cap. 2:59) cita Hananias, Misael e Azarias, e em Hebreus 11:34 o exemplo de fé desses homens diante da força do fogo é lembrado no capítulo que apresenta a lista conhecida como “Galeria dos Heróis da Fé“.

Lições Que Podemos Aprender com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego
A fé demonstrada por esses homens deve ser um exemplo para nós, de maneira que podemos aprender muitas lições com essa breve história de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego:
Mesmo longe de sua terra natal e tendo seus nomes trocados, os três jovens não perderam suas verdadeiras identidades. Isso nos mostra que mesmo em momentos de grande adversidade, diante de situações que aos nossos olhos parecem insuperáveis, não devemos nos esquecer de quem realmente somos.
Mesmo diante das regalias e ofertas do rei, Sadraque Mesaque e Abede-Nego mantiveram seus princípios, decidindo não se contaminarem. Infelizmente, hoje em dia muitas pessoas diante da primeira oferta já abandonam suas convicções.
Mesmo vivendo no meio do paganismo, os três jovens permaneceram fiéis a Deus. Muita gente argumenta ser difícil servir verdadeiramente a Deus diante de um mundo depravado, da companhia de pessoas incrédulas e estando inserido em ambientes corrompidos. Mas a história desses jovens nos mostra que a fé verdadeira em Deus é inabalável.
Essa história também nos ensina que apenas Deus é quem tem a resposta para os dilemas mais difíceis, e diante de situações insolúveis a oração é o nosso maior recurso. A resposta de Deus revelando o sonho de Nabucodonosor e sua interpretação a Daniel, nos mostra que a oração dos justos é eficaz.
Também aprendemos que aquele que tem a fé verdadeira prefere a morte à possibilidade da apostasia. O verdadeiro servo de Deus confia no Senhor mesmo que isso custe a sua própria vida.
A resposta de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego diante do questionamento de Nabucodonosor nos dá uma aula acerca da soberania de Deus. Ao invés de dizermos “eu declaro”, “eu tomo posse” e “eu determino” que possamos dizer “se o Deus a quem eu sirvo quiser, Ele fará, se não quiser, continuarei fiel a Ele”. Nosso Deus não é mordomo de homens, Ele é soberano, criador dos céus e da terra, o Deus altíssimo, e não há outro deus como Ele. Nabucodonosor, um rei pagão, parece ter conseguido entender o que muitos crentes da atualidade ainda não entenderam.
O testemunho de quem é fiel reflete a verdade sobre Deus aos olhos do mais corrupto pecador. Nabucodonosor, um homem mergulhado no paganismo, reconheceu o poder de Deus diante da atitude daqueles três homens. Qual tem sido o nosso testemunho diante dos incrédulos? Será que o pecador consegue ver o Cristo ressuscitado reinando em nossas vidas?



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

Rute, Uma Fiel Moabita


A história de Rute é muito conhecida entre os cristãos, sobretudo por conta de sua parceria com Noemi, sua sogra, e seu casamento com Boaz, o que resultou no incrível fato de uma gentia ter se tornado uma ancestral do rei Davi e, principalmente, sido mencionada na genealogia do próprio Messias. Neste estudo bíblico, conheceremos um pouco sobre quem foi Rute na Bíblia.

Quem Foi Rute na Bíblia?
Rute foi uma moabita que viveu no período dos juízes, e que aparece como personagem principal do livro do Antigo Testamento que leva seu nome. O significado do nome “Rute” é discutido entre os estudiosos, porém há uma possibilidade do hebraico rut ser derivado de re’ut que significa algo como “companhia feminina”.
Rute se casou com dois fazendeiros judeus. Primeiro com Malom (Rute 4:10), depois, já viúva, casou-se com Boaz. Malom era o filho primogênito de Elimeleque e Noemi (Rute 1:2; 4:3), e Boaz era um parente de Elimeleque (Rute 4:3).
O relato bíblico nos revela que os dois filhos de Elimeleque se casaram com mulheres moabitas. Elimeleque e sua família eram israelitas vindos de Judá, e partiram para Moabe durante um período de fome.
Isso significa que a família de Elimeleque havia ignorado o mandamento que proibia o relacionamento entre judeus e moabitas (Deuteronômio 23:3,4). Talvez eles não tivessem conhecimento dessa proibição, embora essa possibilidade pareça pouco provável.

Rute e Noemi
Elimeleque acabou morrendo, e, em seguida, seus dois filhos também faleceram. Com a morte do marido e dos filhos, Noemi resolveu partir rumo à sua terra natal, e, com isso, ela liberou suas noras a retornarem ao seu povo.
Orfa, cunhada de Rute, aproveitou a proposta e deixou Noemi, sua sogra. Rute, entretanto, demonstrou seu profundo amor por Noemi, e lhe comunicou que não a deixaria e somente a morte poderia separá-las (Rute 1:17).
Essa decisão de Rute implicava, necessariamente, em sua troca de nacionalidade, ou seja, ela estava disposta a se tornar uma judia e abandonar o seu deus (talvez Quemos, cf. Números 21:29; 1 Reis 11:7,33) a favor do Deus de Noemi (Rute 1:16; cf. 2:12,13) e ser sepultada no mesmo local de sua sogra (Rute 1:14-17).
É neste contexto que aparece o versículo mais conhecido do livro de Rute, onde Rute diz a Noemi: “Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rute 1:16).
Essa declaração de Rute contrasta nitidamente com a declaração de Noemi ao chegar a Belém, onde ela atribuiu a Deus a amargura que estava sentindo, e insistiu que as mulheres lhe chamassem de Mara, que em hebraico significa amargo, ao invés de seu nome.

Rute e Boaz
Quando chegaram a Belém, Rute se aproveitou da época da colheita da cevada que precede a colheita do trigo, para conseguir um meio de sustento para ela e para sua sogra. Rute então foi respigar nos campos de Boaz, um parente rico de seu sogro falecido.
Rute demonstrou muita dedicação no que fazia, e logo Boaz ficou sabendo de sua situação e da lealdade que ela possuía para com Noemi (Rute 2:11). Boaz então lhe concedeu alguns privilégios especiais que a favoreceu durante toda colheita da cevada e do trigo.
Mais tarde, Noemi instruiu Rute a ir à eira durante a noite, a fim de persuadir Boaz a se tornar um parente remidor, ou seja, aquele que poderia comprar a propriedade de Elimeleque, Malom e Quiliom, e, apelando para o casamento levirato, se casar com Rute (cf. Levíticos 25:25,47-49; Deute ronômio 25:5-10).
Boaz consentiu com a proposta de Rute, e a enviou de volta para casa com um presente de seis medidas de cevada. Entretanto, havia um parente mais próximo do que Boaz, e este deveria declinar de seu direito para que Boaz pudesse casar-se com Rute.
Então, na presença de dez anciãos da cidade, foi oferecida ao parente mais próximo de Noemi a oportunidade de redimir um terreno que pertencia a Elimeleque e se casar com Rute. Assim que esse parente desistiu de seu direito como parente remidor, Boaz, voluntariamente, assumiu o seu lugar e seguiu o costume do casamento levirato, um estatuto presente no livro de Deuteronômio (25:5-10) que permitia que o cunhado se casasse com a viúva de seu irmão. Vale lembrar que Boaz não era irmão de Malom, ex-marido de Rute. Boaz era apenas um parente próximo.
Boaz casou-se com Rute, e o primeiro filho do casal foi Obede, que significa “servo”. Com o nascimento de Obede, a amargura de Noemi foi amenizada, e ela foi a sua ama (Rute 4:16). Obede veio a ser o avô do rei Davi (Rute 4:18-22; 1 Crônicas 2:12).
Rute é uma das cinco mulheres citadas explicitamente na genealogia de Jesus no Evangelho de Mateus (1:5), ao lado de Tamar, Raabe, Bate-Seba e a própria Maria. Era muito incomum que mulheres fossem citadas em genealogias no Oriente, mas essas mulheres faziam parte do propósito de Deus de enviar o Cristo.
Na história de Rute podemos ver claramente a soberania de Deus na escolha do improvável para cumprir os seus propósitos.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

Rebeca, Uma Mulher Piedosa E Determinada


Rebeca é uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia, sobretudo por seu casamento com Isaque. Veremos neste texto tudo o que a Bíblia fala sobre quem foi Rebeca.

Quem Foi Rebeca?
Rebeca foi filha de Betuel, sobrinho de Abraão (Gênesis 22:23), irmã de Labão, esposa de Isaque e mãe de Esaú e Jacó. O nome “Rebeca” vem do hebraico rivqah, e significa algo próximo de “corda com laçada para amarrar animais pequenos”, conforme a raiz árabe rabunga, que significa “amarrar firme”.

O Casamento de Rebeca
Em Gênesis capítulo 24, encontramos o relato da escolha de Rebeca para ser esposa de Isaque, filho de Abraão. A Bíblia diz que Abraão enviou Eliezer, seu servo de confiança, à sua terra de origem, a fim de que buscasse uma esposa para seu filho Isaque.
Elieser orou a Deus, e, ao chegar ao poço fora da cidade, pediu um sinal para que pudesse fazer a escolha certa segundo a vontade de Deus. Rebeca, então, se aproximou, e se ofereceu para retirar água para seus camelos, e esse foi o sinal dado à Elieser.
Rebeca era muito formosa, generosa e hospitaleira. Elieser lhe deu caros presentes que havia levado consigo na viagem, e foi conduzido à casa de Betuel. Ao chegar à casa e explicar sua incumbência, os responsáveis por Rebeca concordaram com o casamento, mas deixaram que Rebeca desse a palavra final se aceitaria ou não. Caso aceitasse, Rebeca teria de sair de seu lar, partir para uma terra estranha e se casar com um homem que nunca havia conhecido. O fato de rebeca ter tido oportunidade de escolha era uma prática comum apenas nas famílias patriarcais de classe alta.
Por fim, Rebeca aceitou deixar seu lar e se tronou a esposa de Isaque (Gênesis 24:66,67). O casal teve uma vida próspera na região perto de Berseba.

Uma Interpretação Errada Sobre o Casamento de Isaque e Rebeca
Algumas pessoas procuram usar erroneamente o capítulo 24 de Gênesis, especialmente o versículo 67, para tentar defender a possibilidade de um casal morar juntos sem se casar. Uma exposição simples do capítulo 24 revelará que tal interpretação é totalmente equivocada. Basicamente, o servo que Abraão enviou era seu procurador na missão e, naquela época, eram comuns casamentos arranjados.
Na descrição do capítulo 24 o filho, Labão, é citado antes do pai, Betuel. Essa sequência irregular parece indicar que Betuel talvez estivesse incapacitado. Isso confirma o fato de que, no versículo 55 do mesmo capítulo, apenas Labão e a mãe de Rebeca são citados. Isso levanta a probabilidade de que seu irmão Labão respondia como o patriarca da família, o qual tinha autoridade religiosa e civil sobre sua casa.
Diante da família de Rebeca, o servo de Abraão formalizou a proposta de casamento, e entregou presentes valiosos à Rebeca, à sua mãe e ao seu irmão (Gênesis 24: 21:53). No versículo 58, vemos Rebeca aceitando a união e, por fim, no versículo 60 vemos Rebeca sendo abençoada por sua família (provavelmente por seu irmão), significando a oficialização legal do casamento dentro dos moldes da época. Portanto, quando Isaque levou Rebeca para a tenda, ela já era sua esposa oficialmente.

A Vida de Rebeca
Após o casamento, Rebeca foi estéril por vinte anos e Isaque pediu muito a Deus para que essa condição fosse mudada (Gênesis 25:21,26). Deus ouviu o pedido de Isaque e Rebeca gerou dois filhos gêmeos, Esaú e Jacó, porém, antes mesmo do nascimento deles, Deus já havia falado sobre os destinos divergentes dos gêmeos (Gênesis 25:20-26).
A Bíblia deixa claro que Rebeca tinha uma preferência maior por Jacó, enquanto Isaque preferia o primogênito Esaú (Gênesis 25:28). Esse favoritismo demonstrado pelos pais resultou na fragmentação da unidade familiar.
Um fato curioso é que, semelhante à história de Abraão e Sara, Isaque também fez com que Rebeca se passasse por sua irmã na corte de Abimeleque (Gênesis 26:1-16). No episódio que Jacó suplantou Esaú, conseguindo a benção patriarcal, Rebeca foi quem planejou tal ação. Após esse ato, Jacó partiu para a casa de Labão, em Padã-Arã, a fim de fugir da ira de seu irmão Esaú. Muitos intérpretes acreditam que Rebeca tenha morrido antes do retorno de Jacó.
Após estes acontecimentos, as referências que temos sobre Rebeca são a morte de sua ama, Débora, e seu sepultamento no sepulcro da família em Macpela (Gênesis 49:31).

Rebeca no Novo Testamento
A única referência sobre Rebeca no Novo Testamento está em Romanos 9:10-12, onde o Apóstolo Paulo faz menção a profecias que Rebeca recebeu antes do nascimento de Esaú e Jacó, numa exposição sobre a eleição soberana de Deus.

"E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai;
Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor." (Romanos 9:10-12)

Na história de Rebeca podemos certamente perceber as ações controladoras de Deus, que Ele é soberano e seus propósitos não são frustrados jamais.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

Raquel, A Edificadora Da Casa De Israel


Raquel foi esposa de Jacó, mãe de José e Benjamim. Sua história está registrada no livro de Gênesis, e ela é uma das mulheres mais conhecidas da Bíblia. O nome Raquel significa “ovelha”, do hebraico rahel. Neste estudo bíblico, conheceremos um pouco mais sobre quem foi Raquel na Bíblia.


A História de Raquel na Bíblia
Raquel era a filha mais nova de Labão, o irmão de Rebeca, a mãe de Jacó. Logo, Raquel e Jacó eram primos de primeiro grau. A Bíblia descreve Raquel como uma mulher muito formosa (Gênesis 29:17). Raquel tinha uma irmã mais velha, Lia.
Alguns versículos do livro de Gênesis parecem indicar que Raquel não estava totalmente liberta das influências pagãs e, ao contrário de Sara e Rebeca que prontamente adotaram o Deus de Abraão e Isaque, Raquel furtou os ídolos da casa de seu pai (Gênesis 31:19,34,35; cf. 30:14).


Raquel e Jacó
Após Jacó ter enganado Esaú, Isaque lhe ordenou que fosse procurar uma esposa entre seus parentes em Padã-Harã (Gênesis 28:1,2). O primeiro encontro entre Jacó e Raquel foi próximo a um poço. Raquel havia ido ao poço dar água às ovelhas de seu pai, e Jacó tirou a pedra do poço para ela (Gênesis 29:2-10).
Pode-se dizer que Jacó amou Raquel à primeira vista (Gênesis 29:11). Ele fez um acordo com Labão para que pudesse se casar com Raquel. O acordo consistia que Jacó deveria trabalhar sete anos por Raquel. A Bíblia descreve o tamanho do amor de Jacó por Raquel nos informando que os sete anos “lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava” (Gênesis 29:20).
Quando se passaram os sete anos, houve a cerimônia de casamento, porém Jacó foi enganado e casou-se com Lia. Para justificar sua atitude, Labão alegou que não era costume naquelas terras casar a filha mais nova antes da mais velha (Gênesis 29:15-26).
O curioso que é este não era um costume generalizado no Antigo Oriente Próximo, nem mesmo confirmado por documentos encontrados da época, como os documentos acadianos de Nuzi. Também parece estranho que Jacó não soubesse de tal costume após ter vivido por sete anos naquele lugar.
Com isto, é provável que Labão tenha inventado tudo como um tipo de desculpa para tentar justificar o fato de que tinha enganado Jacó, ou mesmo ter se aproveitado de um costume que de fato existia, mas que não era tão tradicional assim, apesar de não ser possível termos a plena certeza das verdadeiras intenções de Labão.
Quando descobriu que foi enganado, Jacó procurou Labão para tirar satisfação sobre o ocorrido. Então Labão propôs um novo acordo, onde Jacó poderia ter Raquel por mais sete anos de trabalho a favor dele.
Jacó concordou com a proposta de Labão e, passando a semana de festejos decorrentes do casamento com Lia, Jacó teve Raquel por esposa, e continuou servindo Labão por mais sete anos (Gênesis 29:27-30).


A Esterilidade de Raquel
Jacó amava mais Raquel do que Lia, e ficou bastante angustiado quando descobriu que Raquel era estéril (Gênesis 29:30,31). Lia, por outro lado, deu filhos a Jacó, o que causou ciúmes em Raquel.
Naquela região havia um costume de que se uma mulher de classe social elevada fosse estéril, ela poderia ter uma serva (escrava) que daria à luz filhos que seriam legalmente seus. Raquel se aproveitou de tal costume e obrigou Jacó a ter filhos de sua serva Bila (Gênesis 30:3).
Apesar de seu plano ter funcionado, Raquel ainda buscava desesperadamente a possibilidade de ter um filho biológico. A Bíblia diz que suas orações foram ouvidas e ela concebeu José (Gênesis 30:22-24).

Raquel Parte Com Jacó da Casa de Seu Pai
O relacionamento entre Jacó e Labão começou a ficar muito difícil, e Jacó resolveu fugir com sua família. Jacó havia prosperado muito enquanto trabalhava para Labão. Quando fugiu, Jacó levou consigo, além de sua família, os seus rebanhos.
Na ocasião da partida é que ocorreu o episódio do furto dos ídolos por parte de Raquel. A Bíblia também esclarece que Jacó não sabia que Raquel havia feito isto, tanto que ele considerou que o caso do furto foi tão grave que o culpado deveria ser entregue a Labão (Gênesis 31:32).
Não se sabe como Jacó descobriu o que Raquel tinha feito, mas sabemos que quando Deus ordenou que Jacó voltasse para Betel, ele instruiu a sua família a lançar fora os deuses estranhos que havia entre eles (Gênesis 35:2).
Na jornada em direção ao encontro com Esaú, mais uma vez podemos perceber a preferência de Jacó por Raquel, ao designá-la a posição de maior segurança, evitando que ela e José sofressem qualquer dano eventual (Gênesis 33:1,2).


A Morte de Raquel
Após partir de Betel, estando a caminho de Efrata, Raquel deu à luz ao seu segundo filho, Benjamim. Raquel teve um parto muito difícil, e acabou morrendo logo após o nascimento do menino.
Num primeiro instante, o menino foi chamado de Benoni, no sentido de “infortúnio”, refletindo toda angústia que caracterizou seu parto. Entretanto, Jacó chamou o menino de Benjamim, que significa “filho da minha mão direita”.
Raquel foi sepultada no caminho de Belém, e Jacó levantou uma coluna sobre sua sepultura (Gênesis 35:19). A localização atual dessa sepultura é incerta. A tradição sugere uma distância de aproximadamente 2 quilômetros ao norte de Belém. A localização desse tumulo ainda era conhecida nos dias de Saul, pois Samuel citou sua localização como estando em Zelza (1 Samuel 10:2).
Raquel é mencionada no livro de Rute como edificadora da casa de Israel, juntamente com Lia (Rute 4:11). O Profeta Jeremias também citou o “pranto de Raquel” se referindo à destruição do Reino do Norte. Essa profecia foi aplicada na matança dos inocentes ordenada por Herodes (Mateus 2:18).

Concluindo:
Lembre-se do final da história de Raquel, de que Deus se lembrou dela; de que era uma moça comum, que queria mostrar ao mundo que dava para confiar em Deus. Ela queria que as pessoas olhassem para ela e dissessem: “O Deus dela é maravilhoso, o Deus dela é poderoso”. Ela passou pelo que passou, mas a sua história mudou. Houve um momento em que a maré virou e hoje é evidente para quem quer que seja que o Deus de Raquel está vivo e é real. Essa era a sua motivação; essa era a sua intenção; e deverá ser a sua própria. Vale a pena confiar em Deus. Vale a pena esperar Nele. Por piores que sejam os seus sentimentos, por mais difícil que seja o que Deus lhe pedir, por mais complexo que seja esperar o tempo divino, faça aquilo que Deus lhe pede. Vai chegar um tempo em que as coisas começarão a mudar. Vai chegar um tempo em que Deus se lembrará de você. E quando as atenções de Deus se voltam para a sua vida, é o momento em que verdadeiramente a sua vida será mudada.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

Rainha de Sabá, A Que Procurou A Sabedoria


Quem Era Esta Rainha? 
Seu nome não é mencionado na Bíblia. A história antiga a apresenta como sendo a rainha da Etiópia cujo nome era Bilquis. Em textos antigos já se soube que ela foi chamada pelos etíopes de Makeda e pelos romanos de Nicaula ou Nicolis(Flávio Josephus, Ant., vol. 2, LCL, p. 395). 
Segundo a história ela foi a mãe do primeiro rei ou imperador da Etiópia, Menelik I, cujo pai, provavelmente, foi Salomão;
A cidade de Sabá era parte de uma região que ficava ao sul da Arábia, uma região que abrangia a Etiópia e o Iêmem e que se chamava Ma’rib, ou Dabra Makeda. Esta região era riquíssima em ouro e em especiarias. De lá se importava grande quantidade de perfumes valiosíssimos;
Sabá, hoje não mais existente, ficava a 1.800 quilômetros de distância de Jerusalém;
Sabe-se que naquela região haviam deuses bem diferentes dos conhecidos e que o principal deus de Sabá era Rimon, citado em 2 Reis 5:18.


A Que Atraiu A Rainha Para Jerusalém? 
Sendo uma rainha imensamente rica, é de se esperar que fosse no mínimo vaidosa. Ao ouvir a fama de Salomão, não hesitou em empenhar esforços para conhecer de perto aquele que era, sem dúvida, o homem mais famoso do mundo;


a. No capítulo 10, versículo 1 diz que “ouvindo a rainha de Sabá a fama de Salomão, acerca do nome do Senhor...” Vejam que não foi a fama como político, como homem rico ou como um grande estadista. Foi a fama religiosa. Isto significa dizer que ela sentiu desejo de conhecer o Deus de Salomão e saber que religião importante era aquela.
b. Salomão não atraía o povo para si mesmo. Ele apenas representava, em sua prosperidade, o Deus de Israel;
c. Cada um de nós precisa se comportar de tal maneira que as pessoas queiram ser crentes como nós somos; Devemos inspirar nas pessoas o desejo de conhecerem este maravilhoso Deus.
d. Abraão chegou em uma região como peregrino. Com pouco tempo ali estabelecido ele foi reconhecido pelos habitantes daquele lugar como “Príncipe de Deus em nosso meio” - Gênesis 23:6


No texto histórico dos etíopes, conhecido como Kebra Negast, diz que ao retornar para sua cidade, a Rainha de Sabá proferiu as seguintes palavras: "de agora em diante não adorarei o sol, mas sim, adorarei o criador do sol, o Deus de Israel".
No Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, há uma referência à conversão da Rainha de Sabá, quando ela expressa as seguintes palavras: "Ela disse: Ó senhor meu, em verdade fui iníqua; agora, me consagro, com Salomão, a Deus, o Senhor do Universo!". (An-Naml 27:44).

O Que A Rainha De Sabá Fez Ao Chegar Em Jerusalém? 
Provou a Salomão com enigmas – 1 Reis 10:1;
Fez uma consulta espiritual, pois, certamente, como pessoa, era cheia de problemas que seu deus não podia resolver – 1 Reis 10.2,3;
Deu ao rei Salomão caríssimos presentes como reconhecimento da bênção de Deus sobre ele e o seu povo – 1 Reis 10.9,10;

a. Deus moveu o coração de todos os reis e rainhas da época para investirem na construção do templo e na prosperidade da cidade de Jerusalém - 1 Reis 4:34 ; 1 Reis 10:14 , 15 ;
b. A Bíblia diz que a bênção de Deus atrai a prosperidade - Provérbios 10:22 ;
c. O Homem fiel abundará em bênçãos - Provérbios 28:20 ;

Conhecer de perto se era verdade o que diziam sobre Salomão e sobre o que acontecia na cidade de Jerusalém – 1 Reis 10.4-7.

a. É preciso que busquemos ao Senhor de tal maneira que muitas pessoas tenham vontade conhecer nossa congregação e conferir de perto o que o Senhor faz em nosso meio.


O Que Ela Levou Consigo, De Jerusalém? 
A boa impressão da organização da obra de Deus – 1 Reis 10:5;
A convicção de que Israel era o povo escolhido e amado de Deus entre todas as nações da terra – 1 Reis 10:9;
E, ainda levou lembranças e presentes – 1 Reis 10:13


O Que Jesus Disse Sobre A Rainha De Sabá? 
Que no dia do juízo ela servirá de testemunha contra os contemporâneos de Cristo pois que viera de tão longe em uma viagem tão penosa e tão perigosa para se certificar do que ela havia ouvido sobre Salomão. Jesus disse ao povo que entre eles estava um que era mais que Salomão, incomparavelmente, e a Ele não deram crédito - Mateus 12.39-42.
João 1:12 - Veio para os que eram seus e os seus não o receberam;
Nada justifica o que os judeus fizeram a Jesus. Não era necessário sinal nenhum. A unção e a sabedoria de Cristo eram inconfundíveis - Lucas 4:22 ; Mateus 7:28 , 29 ; João 4:41 , 42 ; João 7:44 - 47.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre