Separado Para Deus

terça-feira, 21 de junho de 2016

Anjo Gabriel


Gabriel, anjo vigoroso de Deus.
O vocábulo hebraico Gabriel significa "homem de Deus" (heb. geber, "varão" e El - forma abreviada de Elohim, "Deus").
Único anjo, além, de Miguel, mencionado por nome na Bíblia; único anjo materializado que deu seu nome. Gabriel apareceu duas vezes a Daniel: primeiro, perto do rio Ulai, "no terceiro ano do reinado de Belsazar", para explicar a visão de Daniel, do bode e do carneiro (Daniel 8:1, 15-26); e segundo, "no primeiro ano de Dario", o medo, para transmitir a profecia a respeito das "setenta semanas". (Daniel 9:1, 20-27) Gabriel levou ao sacerdote Zacarias as boas novas de que ele e sua idosa esposa Elisabete teriam um filho, João (o Batizador). (Lucas 1:11-20) A Maria, moça virgem, noiva de José, Gabriel declarou:" Bom dia, altamente favorecida, Yehowah está contigo." Disse-lhe então que ela daria à luz um filho, Jesus - Ele "será chamado Filho do Altíssimo; e Yehowah Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai,... e não haverá fim do seu reino". (Lucas 1:26-38).
Pelo registro bíblico, sabe-se que Gabriel é uma criatura angélica de alta categoria, em íntima associação com a corte celestial, um "que está a posto logo diante de Deus"; que ele era um "enviado" por Deus para transmitir mensagens especiais a servos de Deus aqui na terra (Lucas 1:19,26); e que sua forma pessoal visionada ou materializada era, no verdadeiro sentido do seu nome, "alguém da aparência de um varão vigoroso". (Daniel 8:16).




Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre.

Apóstolo André


As informações bíblicas e históricas disponíveis sobre a biografia do apóstolo André não deixam dúvidas quanto a sua relevantes participação tanto na pequena comunidade dos discípulos de Jesus, como na liderança de congregações cristãs do primeiro século.
Celebrado pela tradição ortodoxa grega como Protocletos (o primeiro cha­mado) dentre os doze (João 1.40), André, cujo nome significa varonilnasceu em Betsaida Julias, às margens do Mar da Galileia. Essa região tornou-se memorável não apenas por sua beleza particular, mas também pelas sangrentas batalhas travadas naqueles arredores, décadas mais tarde, durante a revolta dos zelotes. Foi precisamente em Betsaida que o então comandante zelote, Flavius Josefo, construiu o quartel-general da resistência armada contra Roma.

Seguindo os passos de João Batista
André e seu irmão Simão (mais tarde, Pedro) eram pescadores, assim como seu pai Jonas e a maioria dos habitantes das margens do Mar da Galileia . É provável, entretanto, que ainda cedo André tenha se afastado parcial ou completamente de seu ofício, incomodado por questionamentos e anseios interiores, não satisfeitos com a religiosidade estabelecida em sua vida. Começou ali a jornada espiritual que o conduziu, mais tarde, ao encontro d'Aquele que mudaria por completo o curso de sua existência.
João Batista, o profeta cujos ensinamentos André seguiu por algum tempo, representou um referencial importante em sua peregrinação espiritual. Sobre esses anos de inquietude vividos pelo futuro apóstolo esclarece McBirnie.
"Aparentemente, André ocupava-se mais dos assuntos da alma do que propriamente de suas pescarias, tanto que abandonou suas redes para seguir os passos de João Batista. Para isso, André precisou percorrer um longo caminho através do Vale do Jordão, até atingir o local onde João pregava, isto é, Betânia, uma cidade que se localizava além do Rio Jordão, defronte a Jerico. Ali, o apóstolo finalmente deparou com a voz de autoridade espiritual que ansiosamente procurava. André, descontente com a imoralidade, as intrigas e a desonestidade por ele atestadas nas cidades da Galileia e da Judeia, encontrou em João Batista um homem segundo seu coração: alguém inquieto e sem atrativos, porém fiel devoto das virtudes mais simples; um homem para quem a carne e o clamor do mundo pouco significavam. Este, verdadeiramente, era um homem digno de ser seguido!"
Mas, para compreendermos um pouco mais sobre o pensamento de André, é necessário conhecer aquele que norteou seus primeiros passos na busca da salvação divina: o profeta João Batista.
Embora crescido em meio a um regime ascético e na mais rígida simplicidade, João Ba­tista era, na verdade, descendente de nobre linhagem sacerdotal, tanto por parte materna quanto paterna. Seu pai, Zacarias, era sacerdote do oitavo turno de ministração, correspondente ao turno de Abias (1 Crônicas 24.10, 2 Crônicas 8.14, Neemias 12.4-17, Lucas 1.5). Isabel, sua mãe, era descendente da casa sacerdotal de Aarão. As circunstâncias sobrenaturais que cercaram sua concepção e seu nascimento estão atentamente descritas no primeiro capítulo do Evangelho de Lucas. Isso, de certo modo, denota a importância que a Igreja primitiva atribuía ao seu trabalho profético, como predecessor do Messias.
Divinamente vocacionado para o nazirato desde o ventre materno (Lucas 1.15), João Batista preparou-se para seu árduo ministério profético retirando-se para o Deserto da Judeia, na região oeste do Mar Morto, sob cuja aridez despendeu boa parte de sua vida. Vestia-se de maneira rude, à moda típica dos profetas (Mateus 3.4 e 2 Reis 1.8) e alimentava-se segundo as escassas possibilidades oferecidas pela região.
O chamado de Deus em sua vida alcançou notoriedade nacional quando o profeta principiou a pregação do arrependimento e do batismo para perdão dos pecados, tal como registra a narrativa lucana (Lucas 3.1-3).
"No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia, Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Itureia e de Traconitas, e Pisânias tetrarca de Abilene, sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto. Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados;"
Tanto quanto a santidade e a consagração a Deus, João Batista trouxe no bojo de seu ofício profético a marca da coragem e da determinação com as quais exortava o povo, sem acepção de pessoas. No princípio de suas pregações, mostrou oposição à crassa hipocrisia dos fariseus e saduceus, contra os quais trovejava (Mateus 3.7-8).
"Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, fruto digno de arrependimento."
A corrupção que imperava em meio aos coletores de impostos, assim como a inquietude que rondava os soldados foram, da mesma sorte, publicamente desafiadas por João Batista (Lucas 3.10-14). Tão arrebatadora foi sua autoridade diante das multidões que muitos se convenciam de que o rude ermitão poderia não ser apenas mais um dentre tantos profetas, mas o próprio Messias (Lucas 3.15), aquele sobre quem brilharam as luzes proféticas desde a Antiguidade. No entanto, a possível tentação de usurpar uma posição espiritual para a qual não fora designado não encontrou guarida no fiel coração de João Batista. Diante das constantes indagações populares acerca de sua suposta messianidade, João contundentemente afirmava: "(...)Eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor" João 3.28"(...) Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias." Marcos 1.7
João Batista não parece ter conhecido limites em sua fidelidade para com o Penhor. Nem mesmo os pecados praticados pelo despótico Herodes Antipas foram privados de sua execração pública. Desprezando as terríveis conseqüências de sua ousadia, o devoto não poupou severas admoestações ao adultério vivido por Herodes com a mulher de seu irmão, Herodias, e por outras tantas crueldades cometidas pelo soberano, conforme vemos em Mateus 14.3.
Embora o tirano prezasse intimamente a João (Marcos 6.20), isso não o impediu de lançá-lo no cárcere da isolada Fortaleza de Maquiros, na costa oriental do Mar Morto. Ali, durante os excessos de sua festa natalícia e no devaneio protagonizado pela sensual filha de Herodias, cujo nome, segundo Flávio Josefo, era Salomé, mandou-o decapitar, em 29 A.D.
A coragem e a determinação mostradas pelo profeta em seu ministério foram lembradas de maneira especial pelo próprio Senhor Jesus, no testemunho de Mateus 11.7-11.
"(...) Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?
Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais.
Mas, para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta.
(...)
Em verdade vos digo: Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior que João Batista (...)"
É de se supor que os seguidores de João Batista, especialmente aqueles que, como André, se tornaram mais tarde discípulos de Jesus, manifestaram em seus ministérios as marcas indeléveis da intrepidez com que o profeta abraçou a causa messiânica. Como veremos mais adiante, as lendas que relatam as aventuras apostólicas de André, ainda que muitas vezes romantizadas, são uma evidência de seu empenho como pregador das boas novas de Cristo.
O período de maturação espiritual experimentado em companhia de João Batista é visto por McBirnie como um tempo em que se lançaram alguns dos alicerces do futuro ministério de André. 
"Após ouvir a mensagem de João e contemplar as multidões que, como rebanhos, deixavam as cidades da Judéia em busca de auxílio espiritual e, após assistir João no batismo daqueles que desejavam morrer para sua velha natureza e viver uma nova vida, André finalmente equipou-se para o evento que iria, em breve, mudar diametralmente sua vida." 
Sem embargo, o clamor jubiloso de seu mestre diante do até então desconhecido nazareno, fez com que André entendesse que Se manifestara, afinal, aquele de quem João Batista tornara-se o notório precursor (João 1.29-30). 
"(...) Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! É este a favor de quem eu disse: Após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim." 
O ministério de João Batista ficara para trás. Para André e alguns de seus amigos chegara o momento para o qual foram treinados e pelo qual aguardaram tão ansiosos; era a hora de seguir sem reservas a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina a todo o homem (João 1.9).
Deixando a árida paisagem do Deserto da Judéia, André se dispôs a seguir os passos de Jesus nos arrabaldes da Gaiiléia. De tal sorte marcante foi a impressão inicial causada por Jesus, que lá chegando não tardou em buscar por seu irmão e informar-lhe sobre algo que todo ouvido em Israel ansiava escutar: Achamos o Messias(João 1.41).
A cronologia da vocação dos discípulos é, de certo modo, confusa, já que os evangelistas não cuidaram de estabelecer divisões de tempo exatas para os fatos que relataram. Assim, ao que parece, André, como discípulo que fora de João Batista, manteve contato com Jesus antes da formalização de seu discipulado. McBirnie propõe um esclarecimento para os meandros cronológicos que separam os primeiros encontros de André com Jesus e sua definitiva chamada como discípulo. 
"Nesse estágio, André ainda não era exatamente o que se pode chamar de um discípulo de Jesus. Assim como os demais, André era meramente Seu seguidor, ou seja, um acompanhante interessado em observar à distância o que se passava. Jesus, então, tomou consigo a Pedro, André, Filipe e João e dirigiu-se de volta a Nazaré. Entrementes, foi submetido aos quarenta dias de tentação no deserto, após Seu batismo. A seguir, eles acompanharam Jesus a uma festa de casamento em Cana da Galileia, a apenas dez quilômetros de Nazaré. Em Cana puderam testemunhar a realização de Seu primeiro milagre. Jesus os conduziu, então, a uma verdadeira jornada evangelística por toda Galileia e, mais tarde, por Jerusalém onde O viram 'purificar' o Templo. Contudo, durante este período, nenhum deles era ainda discípulo de Jesus. Mais tarde, todos retornaram à Galileia, voltando ao seu antigo ofício de pescadores. Não sabemos quanto tempo se passou até que Jesus, certo dia, voltasse a Cafarnaum, nas margens do Mar da Galileia, e lá encontrasse a André e Pedro."
Ao contrario do que acontece com seu irmão Pedro, infelizmente,   não  são  muitos  os registros bíblicos da passagem de André como discípulo de Jesus. Isso, com efeito, nos impossibilita uma projeção dos traços gerais de sua personalidade, visto que o legado posterior da tradição cristã nem sempre é digno de crédito.
A parte os versículos que narram sua chamada, ao lado de Pedro, às margens do Mar da Galileia e das passagens que o inserem nas listas apostólicas, raramente encontramos alguma menção de sua participação no rol dos discípulos. Em Marcos 13.3-4 André aparece, ao lado de Pedro, Tiago e João no Monte das Oliveiras, inquirindo Jesus a respeito dos assustadores vaticínios que acabara de ouvir sobre o templo e a cidade de Jerusalém. Noutra ocasião, minutos antes da miraculosa multiplicação dos pães (João 6.8-9), vemo-lo apresentando a Jesus alguém que dispunha de míseros cinco pães e dois peixes, na busca de uma solução para a fome que já começava a incomodar a multidão presente. Na passagem de João 12.20-22, André é um dos que conduzem ao encontro de Jesus alguns gentios, prosélitos do judaísmo, que ansiavam conhecê-Lo.
Em face da escassez de informações bíblicas sobre seu perfil e suas ações enquanto discípulo, a tradição medieval traçou o contorno de André a partir do testemunho de João 1.40-42, definindo-o como o pai das missões apostólicas. Tal assertiva constitui, obviamente, mais uma dentre as várias caricaturas apostólicas formadas cora o passar dos séculos. O fato de o discípulo ter se apressado em relatar a Pedro seu descobrimento, conforme nos conta o evangelista, não faz dele necessariamente um grande referencial de missionário cristão. Todos aqueles em cujos corações Jesus causou semelhante impacto fizeram o mesmo com seus amigos e parentes, visto que a expectativa messiânica era algo que inundava os corações na Israel naqueles dias. Além do que, as lendas cristãs creditam mais empenho a apóstolos como Pedro, João, Tomé e Judas Tadeu do que propriamente a André.
Sem embargo, nosso apóstolo parece ter realmente experimentado grandes oportunidades de espalhar a semente da Palavra por diversas regiões da Antiguidade. A seguir, veremos alguns dos relatos mais interessantes dessas tradições. 

As missões no leste europeu e o martírio em Patras, na Grécia
Embora alguns autores apontem André como um dos anciões que permaneceram na liderança da Igreja de Jerusalém, outros têm por certo que o apóstolo deixou ainda cedo a Cidade Santa rumo às missões evangelísticas no estrangeiro. Se isso for verdade, é possível que tal decisão tenha sido fruto da perseguição que se instaurou na cidade durante os primeiros anos da Igreja. Existe, entretanto, certa dificuldade de se conciliar essa partida de André nessa época com o registro lucano de Atos 8.1.
 "Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samaria." 
De qualquer modo, em 44 A.D. nova pressão se levantou contra os cristãos de Jerusalém. Desta vez, a violenta morte de Tiago Maior e o aprisionamento de Pedro, sob ordens de Herodes Agripa, podem ter convencido alguns dos apóstolos, entre os quais André, a buscarem novos campos para sua lavoura espiritual. Suspeita-se que foi por essa mesma época que Pedro, após ser miraculosamente solto, por fim decidiu estender seu apostolado para além dos limites da Judéia (Atos 12.3-17).
Uma das mais fortes tradições acerca do trabalho missionário de André, endossada pelo historiador Eusébio (História Eclesiástica III, 1,1) diz respeito ao sul da Rússia, especialmente às regiões outrora conhecidas como Cítia e Partia, próximas ao Mar Negro. Por testemunhos tradicionais como esse, André foi adotado como patrono da Igreja russa.
Outra forte tradição afirma que André exerceu parte de seu ministério em algumas regiões da Ásia Menor, onde se sabe que houve grande intensidade evangelística durante a era apostólica. Em Éfeso, teria compartilhado urna revelação de Deus com o amigo e apóstolo João, contribuindo para a elaboração de seu Evangelho. Esses relatos são, em suma, confirmados pelo martirológio da Igreja Ortodoxa Russa, que apresenta a seguinte proposta para as jornadas pós-bíblicas de André. 
"Após o Pentecostes, André ensinou em Bizâncio, na Trácia, na Rússia, em Epiros e no Peloponeso. Em Amisos, converteu no templo os judeus locais, batizando-os e curando seus enfermos. Edificou ali uma Igreja e deixou-os em companhia de um sacerdote. Na Bitínia, pregou a palavra, curou os enfermos e expulsou as bestas-feras que os perturbavam. Suas orações destruíram os templos pagãos e aqueles que se opunham a sua palavra acabavam oprimidos e atormentados em seus corpos até que fossem por ele curados.
Em Sinope, orou pelo encarcerado apóstolo Matias, de quem fez cair as cadeias, abrindo-lhe as portas da cela. Certa multidão espancou André, quebrando-lhe os dentes, cortando seus dedos e deixando-o como morto num monte de estrume. Jesus, então, apareceu-lhe e o curou, exortando-o que mantivesse o bom ânimo. Quando as pessoas o viram, no dia se­guinte, ficaram sobremodo maravilhadas e creram. André fez também ressurgir dentre os mortos o único filho de uma mulher. Como profeta, predisse a grandeza de Kiev, como fortaleza da cristandade." 
Com efeito, a maior parte dos relatos sobre as missões de André engloba a Palestina, Ásia Menor, Macedônia, Grécia e as regiões próximas ao Cáucaso. Entretanto é para a cidade de Patras, na Grécia, que convergem as mais antigas narrativas referentes ao seu apostolado pós-bíblico. Ali, ao evangelizar e converter Maximila, esposa do Procônsul local, André teria sido martirizado numa cruz em forma de "X", conforme o relato que veremos a seguir. Em virtude dessa tradição, a cruz em "X" passou a ser conhecida como Cruz de Santo André.
A obra apócrifa Atos e Martírio do Santo Apóstolo André, supostamente escrita pelos "bispos e diáconos das igrejas da Acaia" apresenta alguns trechos muito interessantes sobre a lendária entrevista do apóstolo com o procônsul daquela região,  Egates, e seu posterior suplício por mãos desse governador romano.
O confronto entre o santo e o magistrado pagão teria se iniciado a partir do constrangimento que Egates impusera aos crentes daquela região, tentando fazê-los retornar  à adoração idolátrica. Vejamos algumas passagens desse relato.
"Esta fé temos aprendido do abençoado André, apóstolo de nosso Senhor Jesus Cristo, cuja paixão nós, tendo presenciado com nossos olhos, não hesitamos em testemunhar, mesmo que limitados em nossa capacidade.
Tendo o procônsul Egates vindo à cidade de Patras, começou a constranger aqueles que haviam crido em Cristo a adorarem os ídolos. A este, o bendito André, dispondo-se apressadamente, disse: 'Exorto-te que, sendo juiz dentre os homens, conheças Aquele que é teu Juiz, que está nos céus e que, uma vez o conhecendo, adore-o e, tendo-o adorado, faças voltar teus pensamentos daqueles que não são verdadeiros deuses.'" 
Mesmo reconhecido pelo procônsul, André - segundo a lenda - não suprime sua audaciosa reprimenda e acrescenta. 
"Os imperadores romanos nunca conheceram a verdade. Quanto a esta, o Filho de Deus, que veio para salvar os homens, manifestamente ensinou que estes ídolos não apenas não são deuses, mas representam na verdade os mais desprezíveis demônios, hostis à raça humana. São eles que ensinam os filhos dos homens a desobedecerem a Deus, de forma que Este não Se volte para eles e não os ouça." 
Ameaçado por Egates de ser torturado e punido com crucificação por se negar terminantemente a sacrificar aos deuses, o apóstolo é detido enquanto aguarda sua execução. Uma multidão oriunda das adjacências de Patras, ouvindo o que se sucedera com André, revolta-se contra a decisão do governador e tenciona libertá-lo à força.
O evangelista, porém, tendo proposto em seu coração que aquele era o momento de testemunhar com o próprio sangue a fé em seu Mestre, adverte-os dizendo. 
"Não transformeis a paz de nosso Senhor Jesus Cristo em sedição e em levante diabólico. Porquanto, meu Senhor, quando foi traído, tudo suportou com paciência. Não murmurou nem alçou sua voz, tampouco ouviu-se nas ruas seu clamor. Portanto, vós, da mesma sorte, mantende-vos em silêncio e em paz, não impedindo meu martírio. Antes, preparai-vos também, de antemão, como atletas do Senhor que sois, para que possais vencer as ameaças, com uma alma que não teme o que possa fazer o homem (...). Pois, este perecimento não é para ser temido, mas sim aquele que é eterno." 
Após atravessar a noite no cárcere admoestando a multidão que o tentara libertar, André é conduzido ao tribunal diante de Egates. Os primeiros raios do Sol ainda não haviam aquecido a manhã, quando as primeiras palavras do magistrado romano se dirigem ao apóstolo, na vã tentativa de dissuadi-lo da doutrina pela qual se dispusera a morrer. 
"Considero que tu, refletindo ao longo da noite, voltaste teus pensamentos da tolice, tendo desistido da comissão de Cristo, para que permaneças entre nós, não lançando fora os prazeres da vida. Pelo que, seria grande estupidez enfrentar os sofrimentos da cruz por quaisquer que sejam os propósitos, entregando-se à mais humilhante de todas as punições." 
Sendo, pois, convidado pelo procônsul a retratar-se de sua fé e a estimular os demais a fazerem o mesmo, o santo decididamente replica. 
"Ó filho da morte e palha preparada para o fogo eterno, ouvi-me a mim, o servo e apóstolo de Jesus Cristo. Até agora tenho contigo gentilmente conversado acerca da perfeição da fé, a fim de que tu, após ter sido exposto à verdade, pudesses te tornar perfeito como seu defensor e, assim, desprezar os ídolos vãos e adorar apenas a Deus, que está no céus. Entretanto, já que permaneces na mesma impudência e pensas que me assustas com tuas ameaças, traga sobre mim, pois, aquilo que julgas ser a maior de todas as torturas." 
Enfurecido por essa audácia sem precedentes, o procônsul ordena que André seja entregue nas mãos dos verdugos, a fim de ser castigado com grande severidade. Perturbado, entretanto, com a determinação do santo, Egates renova sua oferta de clemência ao já afligido apóstolo, se este abjurar sua fé publicamente. Como sua recusa se mostrasse definitiva, Egates determina a imediata crucificação do evangelista.
Conta-nos a lenda que uma multidão de cerca de vinte mil cristãos seguia inconsolável o condenado em direção ao local da execução. Após André ser içado no madeiro, um certo Estratocles, discípulo seu, percebendo que os executores se afastaram, aproximou-se a fim de consolar seu mestre em seu sofrimento. Ao encontrá-lo sorrindo diante do summum suplicium -como era chamada a crucificação — o fiel lhe fala: 
"Por que razão estás sorrindo, ó André, servo de Deus? Teu sorriso nos faz lamentar e chorar, porquanto nos encontramos privados de ti." 
Ao que André lhe responde: 
"Não devo eu rir-me, meu filho Estratocles, diante do esgotamento das estratégias de Egates, através das quais pensava vingar-se de nós? Nada temos com ele, tampouco com seus planos. Ele não pode ouvir, pois se pudesse, teria aprendido, por experiência, que o homem que pertence a Jesus não pode ser punido."
Como o sofrimento do apóstolo se prolongasse por mais de quatro dias, a população de Patras voltou-se enraivecida contra Egates e pressionou-o fortemente a libertar André. Temeroso de que uma negativa pudesse transformar a situação num levante de grande proporção, o procônsul decide, a contragosto, atender os rogos da multidão.
Ao aproximar-se de cruz sobre a qual André pendia agonizante e tendo atrás de si a multidão que bradava jubilosamente, Egates ouve surpreso a veemente recusa do santo em aceitar sua repentina e duvidosa demonstração de misericórdia.
Insistindo para que os presentes não o impedissem de glorificar a Deus com aquele suplício, André entrega seu espírito e parte para o Senhor, diante do olhar carregado da multidão que dele aprendera acerca do Evangelho.
Maximila, a nobre esposa de Egates, que também se tornara uma cristã por intermédio de André, ao saber que o santo havia partido para o Senhor, dirige-se apressadamente para o local da crucificação e, após auxiliar na retirada do corpo, ocupa-se de sua preparação, untando-o com custosas especiarias e ofere­cendo para o sepultamento um espaço em seu próprio jazigo.
Conta a lenda que Maximila, tendo decidido abandonar o procônsul, deixou-o sobremodo perturbado, de modo que este planejava enviar a César pesadas acusações contra sua esposa e os demais cristãos da cidade. Contudo, na calada da noite, enquanto elaborava os detalhes do documento, Egates, terrivelmente oprimido por demônios, lançou-se de grande altura, vindo a despedaçar-se em frente ao mercado público de Patras.
Conquanto outros relatos estabeleçam o martírio do apóstolo entre 68 e 69 A.D., esta lenda encerra a descrição da saga de André em Patras, datando de modo impreciso sua passagem ali:
"Essas coisas se passaram no dia anterior às calendas de dezembro, na província da Acaia, na cidade de Patras, onde seus maravilhosos feitos permanecem até o dia de hoje, para a glória e o louvor de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém."
O escritor medieval Dorman Newman também confirma o ministério do apóstolo na Grécia. 
"Santo André dirigiu-se à Cítia e a Bizâncio, onde fundou igrejas. Por fim, rumou a Patras, uma cidade da Acaia, onde encontrou o martírio. Aegas, procônsul da Acaia, após intensa discussão, ordenou a André que abandonasse sua religião, sob pena de ser torturado até a morte. Ambos imploravam pela retratação alheia: Aegas, tentava persuadir Andréa não perder sua vida e este, por sua vez, buscava convencer o magistrado a não perder sua alma.
Após suportar valentemente severa punição, André foi atado - e não pregado - a uma cruz, a fim de que se prolongassem seus estertores. Ali, exortou os cristãos e orou, saudando aquela cruz como uma oportunidade de apresentar ao seu Mestre um honroso testemunho. André permaneceu por dois dias sobre a cruz, admoestando a quantos dele se aproximassem. Embora alguns importunassem o procônsul a fim de reverter aquele trágico quadro, o apóstolo continuava suplicando ao seu Senhor que lhe permitisse selar o testemunho da Verdade com seu próprio sangue." 
Patras também aparece como ponto derradeiro de suas missões no livro The First-Called Apostle Andrew, do reverendo ortodoxo Hariton Pneumatikakis (citado em The Search for the Twelve Apostles, p. 84-85). 
"A santa tradição afirma que o apóstolo André percorreu as regiões mais baixas do Cáucaso (presentemente, a Geórgia), vindo a anunciar a Palavra à raça dos citas, nas distantes regiões do Mar Cáspio. Dirigiu-se, então, a Bizâncio (atual Istambul), onde ordenou a Eustáquio como Bispo local.
André foi encarcerado e apedrejado, vindo a padecer muito por amor de Cristo. Em Sinope, sofreu a terrível ameaça de ser devorado vivo por canibais. Não obstante, continuou firme em sua tarefa apostólica de orde­nar bispos e espalhar o Evangelho do Salvador Jesus Cristo.
De Bizâncio dirigiu-se à Grécia, em sua principal jornada evangelística. Viajou pela Trácia e Macedônia até atingir o Golfo de Corinto, em Patras. Foi ali que André anunciou o Evangelho pela última vez.
Egates, o governador de Patras, irou-se sobremodo com a pregação de André, ordenando sua apresentação perante o tribunal local, numa atitude que visava erradicar dali a fé cristã. Como o apóstolo resistisse ao tribunal, Egates condenou-o a morte por crucificação. André permaneceu atado à cruz por espessas cordas durante três dias, sendo estas suas últimas palavras: Aceita-me ó Cristo Jesus, Aquele a quem vi, a quem amei e em quem subsisto; recebe em paz meu espírito em Teu Reino sempitemo'." 
E razoável que Patras, na Acaia, como um importante centro portuário, tenha realmente sido alvo da pregação de algum dos doze, conforme dizem as tradições gregas. Paulo, vindo de Rodes, aportou ali em sua viagem para a Fenícia (Atos 21.1-2). Não sabemos exatamente quanto tempo demorou-se em Patras, mas é pouco provável - considerando-se seu raro ímpeto evangelizante - que tenha desperdiçado a oportunidade de anunciar Jesus naquele local, mesmo que por poucas horas. Cidades próximas como Corinto, Cencréia, Tessalônica e Bereia foram intensamente evangelizadas não apenas por Paulo, mas também por Timóteo, Silas e Apoio nos dias do procônsul Gálio (Atos 18.1-18; 19.21).
Localizada na parte oriental da baía de Patraikos, a pouco mais de duzentos quilômetros de Atenas, Patras já em tempos apostólicos, destacava-se como uma das mais importantes cidades da província romana da Acaia. Conheceu o apogeu econômico no segundo século de nossa era; porém, duzentos anos depois, sua decadência foi inevitável, com o rápido desenvolvimento de Constantinopla, antiga Bizâncio. Principal contato comercial da península grega com o oeste europeu, o porto de Patras movimentava anualmente consideráveis quantidades de mercadorias que abasteciam toda a península do Peloponeso.
Se a tradição grega acerca do ministério de André em Patras estiver correta, é possível que dali o Evangelho tenha se disseminado para o interior da própria Acaia e para outras regiões do mundo antigo, através de mercadores que se valiam daquele concorrido porto mediterrâneo.
Atualmente, Patras, uma das mais belas cidades gregas, ainda conserva vestígios da presença do apóstolo André através daquela que é considerada a mais imponente Igreja de toda a Grécia, a Catedral de Santo André. Dedicada à memória do apóstolo, a nova construção foi erigida ao lado da antiga Igreja de Santo André, levantada entre 1936 e 1943, na qual se diz estar o sítio onde André fora crucificado.

Teria André estabelecido a Igreja de Bizâncio?
Sem embargo, a tradição ortodoxa tenta estabelecer uma base de sustentação para a origem apostólica da Igreja de Bizâncio, mais tarde transformada em Constantinopla, a ornamentada capital do Império Romano do Oriente. O nome de André — assim como o de João — figura entre aqueles que supostamente deixaram a semente apostólica naquela pequena cidade trácia que se transformaria, dali a dois séculos, num dos mais importantes centros urbanos da Antiguidade, como nos conta W. Cureton em seu Ancient Syriac Documents (p.34).
"O célebre texto 'O Ensino dos Apóstolos' (Didascalia Apostolorum), com­posto entre o final do segundo século e o princípio do terceiro e preserva­do em tradução siríaca, atesta a apostolicidade da Igreja de Bizâncio do seguinte modo: Bizâncio e toda a terra da Trácia, incluindo as regiões até o grande rio, cuja desembocadura mantinha afastados os bárbaros, rece­beram o sacerdócio das mãos apostólicas de Lucas, que lá erigiu uma Igreja e exerceu o sacerdócio, assim como o ofício de governador e admi­nistrador.
Contudo, a apostolicidade lucana da Igreja de Bizâncio é descrita dentro do contexto mais abrangente das atividades dos apóstolos João e André. Éfeso, Tessalônica e toda a Ásia, assim como a terra dos coríntios e a circunvizinhança da Acaia receberam o sacerdócio apostólico das mãos de João, o Evangelista. Nicéia, Nicomédia e toda a terra da Bitínia e Gótia, incluindo as regiões adjacentes, receberam a destra apostólica do sacer­dócio pelas mãos de André, o irmão de Simão Cefas. (...)
Essa tradição foi revitalizada ao tempo do cisma de Acácio (484-519 A.D.), durante o qual o confronto entre os tronos da velha e da nova Roma conduziu a um debate sobre os direitos canônicos do trono de Constantinopla, sob a ótica da compreensão ocidental da apostolicidade dos tronos patriarcais. É tradicionalmente aceito que, durante a visita do papa João a Constantinopla (525 A.D.), foi proposto a ele, com a assistên­cia do historiador Procópio, a tradição atribuída a Doroteu de Tiro, refe­rente à ordenação de Eustáquio como bispo de Bizâncio pelo apóstolo André.
Essa tradição exerceu grande influência sobre a literatura relativa às ativi­dades apostólicas de André, influência esta que sobressai a qualquer dis­cussão, já que pode ser confirmada pela impressionante difusão do culto ao apóstolo a partir do princípio do sexto século, ao longo de todas as igrejas do ocidente e do oriente que experimentaram alguma real cone­xão com Constantinopla.(...)
A narrativa sobre a relação do trono de Constantinopla com João, o Evangelista foi desenvolvida ao longo das tradições ligadas ao apóstolo André. (...) Esta projeção oficial da apostolicidade joanina da Igreja de Constantinopla pressupõe uma tradição preexistente, evidenciada pela afirmação do patriarca ecumênico Inácio, durante o segundo Concilio de Constantinopla (681 A.D.). A assertiva de Inácio foi uma resposta aos delegados papais, os quais se declaravam representantes do trono apostó­lico naquele conselho (...): 'Eu também ocupo o trono do apóstolo João e do protocletos André'."
Mesmo que tenham servido, em sua maior parte, apenas para sustentar as pretensões de supremacia do patriarcado de Constantinopla, as lendas sobre a atuação direta ou indireta de André em Bizâncio devem ser consi­deradas com a devida atenção. Afinal, essa localidade do sétimo século a.C, embora nos dias de André nem de longe resplandecesse o fulgor da futura Constantinopla, se tornara um importante acesso à Europa pelo oriente, com seu importante porto no Bósforo, especialmente aos que procediam da Bitínia, do Ponto e da Ásia Menor e que se destinavam às províncias romanas da Trácia, Moésia, Macedônia e Ilíria. Essa condição geográfica, de tão estratégi­ca, não deve ter passado despercebida aos primeiros missionários cristãos. Ademais, Bizâncio estava mais próxima de Éfeso — a base das ações missionárias de João e, talvez, de André - do que outras cidades alcançadas no primeiro século como Tessalônica, Beréia, Corinto e Filipos.
A destruição que sofreu por seu levante armado contra o imperador Séti­mo Severo em 196 A.D., deixa claro que a Bizâncio do período imediata­mente pós-apostólico era uma cidade de importância ascendente dentro do Império Romano.
A tradição apostólica não apresenta variações muito drásticas ao retratar o ministério de André. Basicamente, crê-se que o apóstolo deixou a Palestina ainda cedo e se dirigiu ao oriente, especialmente às regiões ao redor do Mar Cáspio e Mar Negro, como a Partia e a Cítia. André pode ter se tornado, destarte, mais um dentre os doze a evangelizar as regiões próximas ao sul da Rússia e o oriente europeu. Por outro lado, em seu rumo para o oeste, há suspeitas de que se reuniu temporariamente à Igreja em Éfeso, junto ao gran­de apóstolo João, em cuja companhia, segundo algumas lendas, estabeleceu posteriormente o bispado de Bizâncio. Quanto ao martírio de André, batizado comoProtocletos (gr. o primeiro a ser chamado) pela tradição, são muito * fortes as informações que apontam Patras, na Grécia, como local de sua exe­cução, e a crucificação em "X" como a forma em que se processou.

Os restos mortais
Julgando-se pelas tendências da narrativa tradicional, parece que as relíquias do apóstolo André permaneceram, de algum modo, ligadas ao eixo Patras-Istambul-Roma. O rev. Hariton Pneumatikakis (citado em The Search for the Twelve Apostles, p.85) acrescenta alguns importantes detalhes sobre o tema:
 "Uma cristã de nome Maximila tirou da cruz o corpo de André e sepultou-o. Quando Constâncio, filho do imperador Constantino, tornou-se o imperador, ordenou que se conduzisse o corpo de André até a Igreja dos Santos Apóstolos, em Bizâncio (Istambul), onde repousou sobre um altar. A cabeça de Santo André, no entanto, permaneceu em Patras.
Em 1460 A.D., a cabeça do apóstolo foi levada para a Itália e colocada na Igreja de São Pedro, para maior proteção, após o avanço turco sobre Bizâncio. Ali permaneceu até o ano de 1964, quando o Papa Paulo VI determinou seu retorno à Sé Episcopal de Patras. Três representantes do Papa acompanharam a cabeça, colocada sobre um relicário e conduzida pelo Cardeal Bea a partir da Basílica de São Pedro. Ao chegar ao destino, a peça foi retornada ao Arcebispo Metropolitano Constantino, que ainda hoje aguarda." 
Mary Sharp, em seu A Travellers Guide to Saints in Europe (p. 15) propõe outro destino para a ossada do apóstolo. 
"As relíquias de Santo André: A cabeça encontra-se na Igreja de São Pedro em Roma; outras peças em Sant/Andrea ai Quirinal, em Roma, e o restante em Amalfi. Os restos foram roubados de Constantinopla em 1210 e levados para a Catedral de Amalfi, próxima a Nápoles. Em 1462, o então Papa Pio II decidiu transferir a ossada craniana do apóstolo para a Catedral de São Pedro em Roma." 
Em seu livro SacredandLegendaryArt (p.238), Anna Jamerson traz à luz mais alguns fatos interessantes acerca do destino de parte dos restos mortais de André, durante a Idade Média: 
"Ao tempo em que Constantinopla foi tomada, sendo as relíquias de Santo André por conseguinte dispersadas, foi verificado por toda a cristanda-de um grande e entusiástico interesse pela vida desse apóstolo. Previamente honrado pela Igreja como o irmão de São Pedro, o apóstolo André já havia desde o passado se tornado foco de grande admiração.
Filipe de Burgundy (1433 A.D.), pagando um alto custo, adquiriu para si parte das preciosas relíquias, que consistiam basicamente em alguns pe­daços de sua cruz. Este, ao fundar sua nova ordem de cavaleiros, estabe­leceu-a sob a proteção do apóstolo. Em seu preâmbulo, a ordem demonstrava o propósito de reavivar a honra e a memória dos argonautas. Assim, seus cavaleiros passaram a usar como insígnia a Cruz de Santo André." 
Dentre os restos mortais dos apóstolos, os de Santo André são reputados como dos mais genuínos, devido a relativa clareza histórica de seu percurso, desde os primórdios da Igreja até o presente, envolvendo as citadas cidades de Patras, Bizâncio, Roma e Amalfi.
Desde 1964 as relíquias de Santo André descansam no interior de uma antiga Igreja ortodoxa grega em Patras, na Grécia. A ossada foi devolvida por Roma dentro de um rico relicário de ouro trabalhado naquilo que se supõe ter sido a forma da face do apóstolo. Esse objeto, entretanto, foi roubado não muitos anos depois de sua chegada àquela cidade. O novo reli­cário, construído pelos próprios ortodoxos, por questões teológicas não co­pia formas humanas e, embora tenha sido trabalhado em prata e não em ouro, foi preciosamente adornado.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Ananias e Safira



A história de Ananias e Safira está relatada na bíblia, no livro de Atos dos apóstolos e relata o contexto da igreja primitiva. Naquele tempo, os cristãos viviam em comunhão e repartiam tudo que tinham. Porém, com este exemplo podemos constatar que o caráter imperfeito das pessoas (egoísmo e ganância), de fato, interfere no ambiente que busca santidade, e incomoda a presença e conduta do Espírito Santo.
De acordo com as escrituras, um certo homem chamado Ananias, junto com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade e reteve parte do preço. A sua mulher também tinha conhecimento sobre a venda e os valores que foram negociados. Ananias levou uma parte e a depositou aos pés dos apóstolos. 
Antes mesmo que dissesse algo, Pedro questionou: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (Atos 5:3-5). 
Consta que Ananias, depois de ouvir a advertência de Pedro caiu e expirou. Com isso um grande temor veio sobre todos os que ouviram e viam o ocorrido. Em seguida, vieram moços da comunidade, cobriram o morto, transportaram-no para fora, e o sepultaram. 
Depois de um período de quase de três horas, chegou Safira e, tendo entrado no local, sem saber o que aconteceu, Pedro veio até ela e a perguntou por quanto ela vendeu a propriedade. Como resposta ela disse o mesmo valor que seu marido havia colocado diante dos pés dos apóstolos, ou seja, ela também mentiu. 
Diante da constatação que Safira era cúmplice do egoísmo de Ananias, Pedro da mesma forma que antes, questionou Safira dizendo “Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti” (Atos 5:9).
Imediatamente Safira caiu aos pés de Pedro e da mesma maneira que seu marido veio a falecer. Os moços que outrora sepultaram seu Ananias, entraram no local e achando-a morta, a sepultaram junto de seu marido. Maior ainda foi o temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram e viam estas coisas. Além desses, muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. 
Vale ressaltar que temor não implica necessariamente em “medo” do povo. O sentido de temer a Deus está muito mais vinculado a idéia de ter reverência ao seu poder, constatar a realidade da ação do Espírito Santo e orientação do povo a viver em comunhão. Inclusive, as escrituras sagradas relatam ainda que o povo tinha-os em grande estima, e a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais.
Ainda de acordo com as escrituras, o povo transportava os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, curasse alguns deles “E até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos; os quais eram todos curados” (Atos 5:16).
A Bíblia não diz que Ananias morreu porque não entregou o dízimo e a oferta, mas porque mentiu ao Espírito. Muitos de nós fazemos algumas coisas e, cinicamente, mentimos ao Espírito Santo, porque o nosso  coração ainda não é liberto. Precisamos honrar o Espírito Santo. Quando não entregamos o dízimo e a oferta, estamos mentindo ao Espírito e não ao nosso líder religioso. O infiel, morre e o cúmplice também. Mas, quem enche de dúvida o coração do dizimista? Satanás. Proponha no seu coração não mentir a Deus, não mentir ao Espírito e não ser cúmplice de ladrões. Só o diabo trabalha para alguém não ser dizimista, porque ele sabe que o dizimista é uma ameaça para o inferno, é prejuízo para o reino das trevas. O inimigo encheu o coração de Ananias e Safira para fazer nascer uma geração de enganadores. Se, na época, a comunidade absorvesse o exemplo de Ananias e Safira, entraria, em toda a história da Igreja, o espírito de engano maligno para deixar a igreja pobre. Mas, pelo contrário, quando eles mentiram ao Espírito Santo, toda a comunidade viu a consequência deste pecado, e entrou o temos de Deus. Isso ficou registrado para que a igreja de Jesus não permitisse que o coração se enchesse do conselho do diabo.
A dúvida, o medo e a insegurança são espíritos malignos, conselheiros do inferno na nossa audição para tentar nos tirar do propósito de Deus. Porém, o nosso ouvido está selado para receber a palavra de fé, porque "A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. ( Romanos 10,7). Os seus ouvidos devem ouvir a Palavra de Cristo, palavras ungidas, palavra de fé, de ânimo, de libertação, de zelo, de benevolência.
Assim como o Espírito Santo ministrou consolação pela fidelidade, satanás queria trazer angústia pela infidelidade. Mas, prevaleceu o Espírito Santo do Senhor. Satanás não tem direito de encher o seu coração de engano. Dê um basta nisso! Sele a fidelidade do Senhor no seu coração. Peça perdão ao Espírito Santo por ter pecado e por ter seguido o conselho do inimigo. Declare que você é fiel e aja como um filho legítimo. Decida não fazer história com Ananias e Safira, decida ser fiel e não ser cúmplice do pecado. Una seu coração à fidelidade, aos sinais, prodígios e maravilhas, para que a consolação venha para a igreja, juntamente com a benevolência e a generosidade.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre.

domingo, 19 de junho de 2016

Ana, Mãe do Profeta Samuel


Ana, Mãe do Profeta Samuel. Uma história de confiança e fidelidade.
A Bíblia não nos oferece muitos detalhes sobre a vida de Ana, contudo, lendo as entrelinhas, percebemos uma história bem maior, um drama que tem se repetido muitas vezes, inclusive em nossos dias atuais; pessoas decepcionadas com as circunstâncias inexplicáveis desta vida.
A primeira impressão que temos de Ana é a de uma mulher atribulada de espírito, sobrecarregada de excesso de ansiedade. Ela quis agradar ao seu marido, mas, por alguma razão seus desejos foram frustrados. Por que ela ficou entristecida desta maneira? Ela começou sua vida feliz e cheia de esperanças, porém, aos poucos, as suas aspirações tornaram-se sonhos que não tinham nenhuma realização. Assim, a melodia nasceu e as lágrimas escaldantes queimavam-lhe o rosto constantemente.
E, pior ainda, apesar de ser piedosa e assistir com assiduidade aos cultos de costume, ela começou a questionar a atuação de Deus. Será que Ele realmente ouve e atende as nossas orações? Será que Ele tem interesse numa simples mulher, numa mera dona de casa que não consegue agradar ao seu marido como ele gostaria? Vamos examinar esta vida que representa com as devidas variações, a experiência de muitas pessoas.

A Pressão de Ana
Podemos começar com o dia do seu casamento; Ana ao lado de Elcana, seu marido, era jovem alegre e sonhadora. Eles convidaram o sacerdote para pedir a benção de Deus sobre aquela nova união, na certeza da aprovação divina. Ela ainda não vira a casa nova que Elcana tinha preparado com tanto cuidado e carinho. Ele amava Ana de todo o seu coração e somente o melhor serviria para a sua esposa. E Ana sonhava: eu vou ser a melhor dona de casa e darei uma multidão de filhos para meu marido.
Mas, infelizmente, o nossos sonhos nem sempre se realizam de acordo com os nossos planos. Sem Dúvida alguma, Ana era boa dona de casa; mas, e os filhos que ela tanto desejava? Os meses se passaram, porém, não lhe nasceu nenhum filho. O marido começou a fazer perguntas; as amigas da vizinhança também perguntavam, mas Ana não conseguiu lhes dar nenhuma explicação. Assim, por causa das muitas importunações, Ana começou a sentir uma pressão crescente, e desta surgiu um questionamento: "Por que Deus tem encerrado a minha madre? Será que Ele está me castigando por alguma falta? mas qual é o meu pecado? Procuro andar sempre no temor do Senhor, não sei o que fazer."
Neste meio tempo, Elcana também começou a sentir as pressões de uma preocupação crescente. “Por que Ana não está me dando filhos? Eu preciso de filhos. O meu nome não pode desaparecer em Israel. A minha herança tem de passar para os meus filhos. Preciso resolver este problema porque os anos estão passando."
Seguindo os costumes de seus pais, Elcana resolveu o problema tomando para si uma segunda esposa. E deu certo! Penina logo lhe deu a desejada família, filhos e filhas. 
Mas, e Ana? Como é que ela se sentiu diante desta mudança? A casa que era a alegria de seu coração foi repartida com uma segunda esposa! Penina soube que Ana era a mais amada, por isso, usou todas as oportunidades para atormentá-la por causa da sua esterilidade. Mas que Ana podia fazer? Era a verdade; a sua madre não se abria para gerar filhos.
Gradativamente Ana afastou-se da vida familiar. Ela não suportava os olhares provocadores de Penina. E, em seu quarto, sozinha, Ana rasgava o seu coração com perguntas intermináveis: “Por que Deus está me provocando desta maneira? Com efeito, inutilmente conservo puro o coração e lavo as mãos na inocência. Pois de contínuo sou afligida e cada manhã castigada” (Salmos 73,13-14). É tão difícil alimentar uma esperança quando, aparentemente, não há nenhuma.
Quantas pessoas já vacilaram diante das estranhas providências de Deus! Não é fácil manter-se firme na fé quando parece que tudo está agindo contra a nossa felicidade. Davi, apesar de todas as provações que vieram de todos os lados, disse: “Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos” Salmos73:28.

A Precisão de Ana
Até o presente ponto, qual era a necessidade mais urgente de Ana? Entendemos que até então, Ana nunca declara a sua dependência de Deus. Juntamente com tantas outras pessoas, ela estava lutando sozinha, carregando todas as suas ansiedades, sem buscar o auxílio de Deus. Sim, ela participava dos cultos públicos, porém, nunca aprendera a derramar a sua alma diante do Senhor em oração suplicante. Ela ouvia as promessas de Deus, tal como: “Não temais: aquietai-vos e vede o livramento do Senhor,” porém, nunca conseguiu tomar posse da bondade de Deus, Exodo 14:13; Gênesis 24:12.
O tempo passou e, mais uma vez, chegou o dia de prestar culto a Deus. Ana foi obrigada a andar com Penina e seus filhos até Siló. E, novamente, Penina não perdeu a oportunidade para caçoar da esterilidade da rival. Era tão difícil suportar estas provocações! Ela não agüentava mais aquelas ofensas. Chorando, recusou a comida, porém, uma decisão estava se formando em seu coração atribulado. Em seu desespero, ela resolveu tomar uma atitude. O texto diz: “Levantou-se Ana e, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente.” Ela tinha chegado ao fim de seus próprios recursos e resolveu “derramar a sua alma perante o Senhor.”
Quando os caminhos de Deus parecem tão injustos e incompreensíveis, temos a tendência de ficar estoicos, paralisados por uma impassibilidade sufocante. Porém, tudo muda quando resolvemos agir pela fé e derramar a nossa alma perante o Senhor. “Lançando sobre Ele toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós” 1 Pedro 5:7. O Salmista passou por experiências incompreensíveis, porém, quando entrou no “Santuário de Deus”, a nuvem de perplexidade se dissipou, Salmos 73:17. Ana teve a mesma experiência, orou e Deus ouviu a sua súplica. Um verdadeiro encontro com o Senhor é capaz de resolver todas as nossas ansiedades. Qual foi o efeito imediato desta comunhão espiritual? O texto afirma: “Assim a mulher se foi seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste.” Este encontro espiritual sempre se manifesta sensivelmente sobre as nossas disposições interiores, “porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” Romanos 5:5. Qual foi a precisão de Ana? Qual é a precisão de cada um de nós? Um encontro com o Senhor! Cristo disse: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” João 3:3.

A Premiação de Ana 
Com as esperanças vivificadas, Ana logo fez conhecida a sua petição. Sim, ela ainda queria um filho, mas agora, o motivo era diferente. Em vez de ter um filho só para agradar ao seu marido, ele seria um nazireu, consagrado para servir ao Senhor. Em sua infinita sabedoria, Deus estava preparando um homem que iria transformar a face moral e espiritual de uma nação inteira.
As providências de Deus, embora não compreendidas no momento, estão sempre executando os seus propósitos secretos. Por que Ana tinha de passar por todos aqueles anos difíceis? No início, talvez ela fosse motivada por pequenos egoísmos. “Esta casa é minha. Meu marido é somente meu.” Mas, através das duras circunstâncias, Ana teve de abrir mão destes valores pessoais. Seja qual for a explanação das providências proporcionadas a Ana, reconhecemos que ela era agora uma mulher livre de egoísmos e totalmente capacitada para criar o prometido filho para o serviço de Deus. 
Ana não recebeu nenhuma revelação quanto ao modo de criar o seu filho. Ela teria de fazer exatamente o que cada mãe e pai têm de fazer em nossos dias: seguir as normas estabelecidas por Deus nas Escrituras Sagradas. Certamente ela ponderava sobre o texto em Deuteronômio 6:4-9. 
Ana soube que teria de devolver o seu filho ao Senhor; soube que ele teria de ser entregue já “arraigado e alicerçado” no Senhor, Efésios 3:17, apesar de sua tenra idade; um menino recém desmamado. Como é que ela conseguiu este objetivo em tão pouco tempo? Ela descobriu o princípio de “remir o seu tempo” Efésios 5:15-17. Enquanto amamentava o filho, sussurrava em seus ouvidos a Lei de Deus. Enquanto costurava as roupas dele, orava, pedindo que o Espírito Santo fizesse a devida aplicação das Escrituras Sagradas.
Chegou o dia para devolver o seu filho ao Senhor, e embora fosse “ainda muito criança”, ele estava preparado para servir ao Senhor durante o resto de sua vida. Ana perdeu o contato físico com seu filho, porém, através de suas orações incansáveis, um elo de comunhão espiritual foi estabelecido. “Crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra” 1 Samuel 3:19. E qual foi o prêmio de Ana? Ela teve a alegria de ver um filho fiel, ministrando perante o Senhor. O que podemos aprender com a história de Ana é que as estranhas providências de Deus podem esquadrinhar o nosso coração e provocar grandes angústias espirituais. Não é fácil manter-se esperançoso quando parece que tudo está agindo contra a nossa felicidade. Qual é a resposta? Esperar no Senhor e evitar qualquer atitude precipitada. (Salmos 40:1-4).




Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

sábado, 11 de junho de 2016

Adão e Eva



Adão e Eva, o Começo da Humanidade. 
O primeiro homem da terra foi Adão. Ele não nasceu como os outros homens, pois foi criado por Deus do pó da terra há aproximadamente 6.000 anos. Depois de ter criado Adão a Sua imagem, Ele soprou em suas narinas e Adão se tornou alma vivente. Deus deu a Adão domínio sobre todos os animais que vivem sobre a terra e fez que todos temessem e obedecessem a Adão. Deus não quis que Adão ficasse sozinho, então tirou uma de suas costelas e, a partir dela, formou Eva, para ser a esposa de Adão. Deus disse a Adão e Eva para frutificarem e encherem a terra. Isso significa que Deus queria que tivessem filhos e os ensinassem sobre Deus.Deus deu a Adão e Eva um lindo jardim para viver chamado Éden. Havia muitas árvores nesse jardim que davam bons frutos. Havia também a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus deu-lhes permissão para comer de todas as árvores, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Disse-lhes para não comer, ou morreriam. Deus queria que Adão e eva vivessem para sempre. Queria que fizessem toda a terra tão bonita como o jardim do Éden. Mas a história deles não terminam aqui e a tal felicidade não durou muito. 
Um dia, quando Eva estava sozinha no jardim, uma serpente falou com ela. Ela disse a Eva para comer do fruto da árvore que Deus havia proibido. Ora, quando Deus fez as serpentes não as fez para falar. Por isso, só podia ser uma pessoa que fez a serpente falar. Mas quem? Não foi Adão. Por isso, tinha de ser alguém que Deus tinha feito muito antes de fazer a Terra. Esse alguém era um dos anjos, que não podemos ver. Esse anjo ficou muito orgulhoso. Pensou que devia ser governante como Deus. E ele quis que as pessoas lhe obedecessem, em vez de obedecerem a Deus. Foi esse anjo que fez a serpente falar. Esse anjo do qual falamos é Satanás. Então, Satanás usando a serpente como ajudante, enganou Eva. Disse-lhe que comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal porque, assim, tornava a ser igual a Deus. Ela comeu e deu do fruto para seu marido (Adão) que também o comeu, mas, em vez de se tornarem iguais a Deus, tornaram-se como Satanás. Transformaram-se em pecadores e foram lançados para fora do jardim para envelhecer e morrer. 
FORA do jardim do Éden, Adão e Eva tiveram muitas dificuldades. Tiveram de trabalhar duro para ter comida. Em vez de lindas árvores de frutas, viram espinhos e cardos crescer em volta deles. Isso foi o que aconteceu quando Adão e Eva desobedeceram a Deus e deixaram de ser seus amigos. Pior ainda, Adão e Eva começaram a morrer. Lembre-se de que Deus os avisou de que morreriam, se comessem da fruta de certa árvore. Bem, no dia em que comeram, começaram a morrer. Como foram tolos em não obedecerem a Deus! Todos os filhos de Adão e Eva nasceram depois de Deus ter expulsado seus pais do jardim do Éden. Quer dizer, os filhos também tinham de envelhecer e morrer.
Mas Eva não era mais amiga de Deus. Assim, quando tinha filho, não era fácil para ela. Sentia dores. Sua desobediência a Deus lhe trouxe muita tristeza.
Adão e eva tiveram muitos filhos e filhas. Quando seu primeiro filho nasceu, deram a ele o nome de Caim. Seu segundo filho recebeu o nome de Abel.
Se Adão e Eva tivessem obedecido a Deus, a vida deles e de seus filhos teria sido feliz. Todos podiam ter vivido ara sempre em felicidade na terra. Ninguém teria ficado velho, doente e morrido.
Adão viveu 930 anos e teve muitos filhos e filhas (Gênesis 5:4-5). Adão morreu, mas, por causa do seu pecado, a morte é nossa companhia constante ainda hoje. você pode ver a tristeza na desobediência a Deus e no dar ouvido a Satanás?
Se o efeito do pecado fosse confinado a nossa própria vida, iremos pensar nisso como sendo da nossa conta ou como estando somente entre nós e Deus. A verdade, porém, é que, assim como no caso de Adão, nosso pecado afeta grandemente os outros. Adão tinha domínio sobre toda a criação e o amaldiçoou pelo seu pecado. Mesmo no nosso caso, toda a criação ainda está sofrendo por causa do pecado do homem. Mais fique tranquilo Deus irá cuidar de nós futuramente. ele já preparou uma nova terra onde iremos com Ele morar. Mais isso irei falar em um outro estudo mais à frente.


Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre


Absalão


A história de Absalão é uma das mais tristes e comoventes do Antigo Testamento. Ele era um jovem bonito, cheio de vida e de sonhos. Criado no palácio real, conheceu e experimentou tudo o que há de bom e de ruim no mundo restrito dos poderosos. Mas os atos pecaminosos da família real foram decisivos para que o jovem Absalão se transformasse, aos poucos, num homem astucioso, vingativo e traidor. Nesta biografia, veremos como é danoso o pecado numa família. Quando não é enfrentado e combatido com severidade, suas conseqüências são imensamente terríveis. Na casa de Davi, por um período, o pecado esteve presente de forma tão intensa que a vida do jovem Absalão foi tragada prematuramente. Que a história desse jovem nos ajude a lidar corretamente com os perigos que a vida nos impõe.
Absalão, cujo nome significa pai [é] de paz, foi um homem de guerra. Ele era o terceiro filho de Davi, e sua mãe chamava-se Maaca, filha do rei de Gesur, chamado Talmai (II Samuel 3:3). Nascido em Hebrom (II Samuel 3:2), Absalão foi um dos homens mais belos da história bíblica: "Não havia, porém, em todo o Israel homem tão celebrado por sua beleza como Absalão; da planta do pé ao alto da cabeça, não havia nele defeito algum" (II Samuel 14:25). Ele tinha uma beleza que também fora transmitida à sua irmã. "Tinha Absalão, filho de Davi, uma formosa irmã, cujo nome era Tamar" (II Samuel 13:1).
A história deste homem é narrada em II Samuel 13-18. Absalão havia decorado a lei, desde a sua tenra infância. Mas suas atitudes mostram que, para ele, a lei de Deus nada mais era do que pura retórica. Criado no palácio, acostumado a conforto e riqueza, informado sobre os bastidores do governo, sabedor das intrigas palacianas, Absalão foi lentamente desejando o poder; seu coração tornava-se possuído por um desejo incontrolável de ser rei.
Tudo isso começou depois que seu pai adulterou com Bate-Seba e mandou matar o marido desta, chamado Urias (II Samuel 11-12). Davi jamais chamou Absalão para conversar sobre seu terrível pecado. Enquanto Absalão desenvolvia seus planos de poder, seu irmão paterno, Amnom, primeiro filho de Davi com outra mulher, desenvolvia um plano repugnante: ele queria deitar-se com a bela Tamar, sua meia irmã. Amnom alimentou um amor pecaminoso, e, ao ser rejeitado, usou a força e estuprou Tamar (II Samuel 13:1-19). Davi se indignou muito, mas nada fez (II Samuel 13:21). Este episódio absurdo, contudo, revela outra faceta do coração de Absalão: ele era um homem violento e vingativo.
Ao saber do ocorrido, não falou com Amnom nem mal nem bem; porque odiava a Amnom, por ter este forçado a Tamar, sua irmã (II Samuel 13:22). Absalão manteve-se em silêncio, porque era homem astuto, sabia a hora de agir. Dois anos mais tarde, ele deu vazão ao seu coração violento: armou uma cilada e mandou matar Amnom (II Samuel 13:23-29). Outra vez Davi se indignou muito, mas nada fez (II Samuel 13:31). Absalão fugiu para a cidade de Gesur, e lá ficou exilado, por três anos (II Samuel 13:37-38). Davi chorava todos os dias a morte de Amnom, mas nada fazia (II Samuel 13:37). Diante disso, Joabe usou uma mulher habilidosa nas palavras para convencer Davi a receber seu filho em Jerusalém. Com o consentimento do rei (II Samuel 15:1-22), Joabe repatriou Absalão, mas Davi disse ao filho: Torne para a sua casa e não veja a minha face (II Samuel 15:24a). 
Por dois anos, Absalão ficou sem ver o rosto de seu pai (II Samuel 14:28). Sentindo-se isolado e discriminado, o jovem mandou chamar Joabe, e, por seu intermédio, mandou este recado ao rei: "Para que vim de Gesur? Melhor me fora estar ainda lá. Agora, pois, quero ver a face do rei; se há em mim alguma culpa, que me mate" (II Samuel 14:32). Finalmente, Davi recebeu seu filho e o beijou (II Samuel 14:33). Mas, o coração de Absalão já não estava disposto a conviver em harmonia com o pai. Ele perdera o respeito por Davi. O quinto mandamento nada mais significava para ele. O jovem príncipe, então, decidiu colocar em prática um astucioso plano para arrancar Davi do trono. Para mostrar força, aparelhou-se com carro, cavalos e cinqüenta homens; passou a fazer contato com o povo; desde a manhã, ficava à porta da cidade de Jerusalém, recepcionando, ouvindo, conversando com as pessoas simples, que vinham de várias cidades de Israel, cumprimentando-as, fazendo-se amável, doce, educado, gentil, solícito com os israelitas. Absalão falava com todos, ouvindo seu clamor e queixas contra o rei”.
Mas ele não estava interessado nos problemas do povo, nem em ajudar seu pai a governar bem; o que ele queria era saber o nível de insatisfação do povo contra o rei e ter o apoio popular contra seu pai. Para tanto, apresentou-se como alguém que sofria as mesmas dores e enfrentava as mesmas dificuldades do povo. “Sou como vocês!” Absalão era homem astuto nas palavras: “Olhe! A lei está do seu lado, mas não há um representante do rei para ouvir o seu caso” (II Samuel 15:3 – NTLH). E dizia mais:“Ah! Se eu fosse o juiz aqui! Então qualquer pessoa que tivesse uma questão ou um pedido poderia me procurar, e eu faria justiça” (II Samuel 15:4 – NTLH).
Absalão sabia falar ao coração das pessoas. O povo não percebeu o engodo. “Aos olhos do povo, a figura de Absalão começou então a distanciar-se de Davi, seu pai”. A cada dia, a imagem de Davi era desgastada e a de Absalão, fortalecida. As pessoas começaram a dar razão àquele jovem astuto. “Eles consideravam os atos e palavras de Absalão como sendo genuínos, e não traiçoeiros”. Ninguém discerniu que ali estava um filho traindo o pai.
A Bíblia mostra que, por quatro anos, Absalão se disfarçou de amigo do povo: E, quando alguém chegava perto de Absalão para se curvar diante dele, ele o segurava, abraçava e beijava (II Samuel 15 :5 – NTLH). Quanta dissimulação! Ninguém percebeu que ele furtava o coração dos homens de Israel (II Samuel 15 :6). Quando Absalão teve certeza absoluta de que o povo o amava mais do que a Davi, quando viu que a revolta contra o rei ficou mais forte, e os [seus] seguidores (...) aumentaram (II Samuel 15:12b – NTLH), armou o último passo para seu golpe de Estado: Mentiu para Davi, dizendo-lhe que teria de ir a Hebrom para prestar um culto a Deus, como cumprimento de um voto que, na verdade, nunca fizera (15:7-9). Ele usou Deus, o culto, tudo o que pôde para seus fins políticos. Como Absalão é atual! Traições como a de Aitofel são ainda mais atuais (15:12a). O príncipe astuto sentiu-se seguro e ofereceu sacrifícios públicos em Hebrom, para manter a farsa (II Samuel 15:12). Em secreto, porém, mandou as últimas orientações aos líderes das doze tribos, para que o golpe fosse perfeito: "Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom!" (II Samuel 15:10). Os homens de bem, contudo, de nada sabiam (II Samuel 15:11).
Quando Davi foi informado de que os israelitas haviam passado para o lado de Absalão, já era muito tarde. O conspirador maldoso acabara de realizar o sonho de sua vida: ser rei, ser poderoso, ser único. Como um rei tão capacitado como Davi permitira que atos tão reprováveis se desenvolvessem ao seu redor, sem que de nada soubesse? Não há respostas fáceis, mas não é exagero dizer que seu pecado com Bate-Seba e os subsequentes atos pecaminosos de seus filhos deixaram-no profundamente fragilizado espiritualmente. O astuto Absalão se aproveitou desse “vácuo” espiritual do rei. 
Não é à toa que a Bíblia adverte: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (I Pedro 5:8). A notícia de que o povo seguia a Absalão equivalia a uma declaração de guerra. Por essa razão, Davi temeu muito e teve de sair correndo de Jerusalém, levando a arca da Aliança. Ele, sua família, seus sacerdotes e conselheiros, fugiram chorando em voz alta. Sem palácio, longe do Templo, Davi mandou os sacerdotes oferecerem sacrifícios a Deus, ordenou a devolução da arca a Jerusalém e, com o coração aos pedaços, revelou um desejo incontido: "Se o SENHOR está satisfeito comigo, um dia ele me deixará voltar para ver a arca e a casa onde ela fica. Mas, se ele não está satisfeito, que faça comigo o que quiser!" 
Davi mandou Husai a Jerusalém como seu informante, disfarçado de conselheiro de Absalão, a fim de contrapor-se aos conselhos do traidor Aitofel (II Samuel 15:34). A estratégia deu certo: "Absalão acreditou na lealdade de Husai". A diferença entre os dois conselheiros estava no caráter. Seguindo o conselho maligno de Aitofel, Absalão cometeu imensa torpeza, ao se relacionar sexualmente com as concubinas de Davi, em frente de todo o povo de Israel. Tal ato foi uma afronta a Davi e ao Deus de Davi. Seguindo os conselhos do amigo de Davi, Husai, Absalão aceitou armar seu exército para a guerra contra seu pai, fazendo exatamente o que Davi queria, mas, sobretudo, era a justiça divina que estava em curso.
Husai mandou informar Davi sobre tudo (17 :15 -22). Nesse ínterim, Aitofel se sentiu preterido pelo rei e se enforcou (17 :23. Husai passou a influenciar sozinho a cabeça de Absalão, que de nada desconfiava.
Como nossas atitudes se voltam facilmente contra nós! Absalão armara o golpe, sem que seu pai soubesse; agora, estava provando de seu próprio veneno. A palavra de Deus nos alerta a esse respeito: Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará (Gálatas 6:7).
Com um servo de Davi, Aitofel, Absalão traíra seu pai; com um servo de Davi, Husai, Absalão era traído. É a lei espiritual da semeadura. Não há como escapar.
Sob a orientação de Husai, o exército de Absalão se encontrou com o exército de Davi, na floresta de Efraim. Pai contra filho, filho contra pai. Ao invés de amigos, inimigos. Davi e Absalão frente a frente. Só um sairia com vida: o pai ou o filho. O coração de pai tremeu e Davi fez um pedido a seus comandantes, Joabe, Abisai e Itai: "Tratai com brandura o jovem Absalão, por amor de mim" (II Samuel 18 :5). “Joabe, Abisai e Itai ficaram espantados com essas palavras. Brandura?, pensaram eles. Depois do que Absalão fez a você? Mas permaneceram calados”. 
A guerra começou no bosque: "Ali, foi o povo de Israel batido diante dos servos de Davi; e, naquele mesmo dia, houve ali grande derrota, com a perda de vinte mil homens" (II Sm 18 :7). No final da batalha, porém, algo inesperado aconteceu: "Alguns homens de Davi viram Absalão. Ele ia montado numa mula, e, ao passar por baixo de um grande carvalho, a sua cabeça ficou presa nos galhos. A mula continuou a correr, e Absalão ficou pendurado" (II Samuel 18:9). A notícia chegou a Joabe, que, sem perder tempo, encontrou Absalão vivo. Decidido, enfiou-lhe três lanças no coração; então, dez soldados de Joabe cercaram Absalão e acabaram de matá-lo. Ali, pendurado numa grande árvore, morreu o jovem mais bonito da nação, o jovem que ousara usurpar o trono de seu pai (II Samuel 18:14-15). 
Ele quebrara o quinto mandamento;
 não viu seus dias serem prolongados. Davi estava sentado, quando soube da morte de seu filho (II Samuel 18:24,32). Profundamente abalado, entrou numa sala e chorou em alta voz, andando de um lado para outro: "Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!" (II Samuel 18:33). Aquela era uma guerra que ele preferiria ter perdido, como mostra o texto bíblico: "Então, a vitória se tornou, naquele mesmo dia, em luto para todo o povo; porque, naquele dia, o povo ouvira, dizer: O rei está de luto por causa de seu filho" (II Samuel 19:2). 
Davi se agitava; passava a mão no peito, na testa, na cabeça; prostrava-se, levantava-se, gemia numa espécie de tortura e remorso, enquanto sua mente pensava velozmente e lhe dizia que poderia ter feito algo, enquanto era tempo; mas agora nada mais poderia fazer, a não ser chorar e gritar:
 "Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão!".


LIÇÕES DA VIDA DE ABSALÃO

1. Estejamos certos: beleza não é tudo, nem é fundamental. 
Absalão era um rapaz, como se diz na Bíblia, formoso de porte e de aparência, como José, como Moisés (II Samuel 14 :25; Gêneses  39:6; Atos 7:20).O tipo de homem agradável aos olhos femininos (Gêneses 3:6). Hoje, vivemos uma espécie de ditadura do corpo: musculação, drenagem linfática, exercícios físicos, dietoterapia, endermoterapia, botox, massagem terapêutica, reiki, acupuntura, etc. É uma verdadeira guerra aos “pneuzinhos”, às celulites, às rugas. Não tenho nada contra a saúde ou a beleza, mas tudo contra o endeusamento do corpo. De que adianta o corpo ficar magro e esguio, mas a alma continuar obesa, pecaminosa e astuta? É isso também que Jesus nos ensina, quando diz: "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Marcos 8:36). Beleza é fundamental, já dizia o poeta Vinícius de Morais. Beleza é importante, sim, mas não é tudo, nem fundamental. Aos olhos do Senhor, antes da beleza, vale a "retidão de coração" (Deuteronômio 12:25,28), "pois o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração" (I Samuel 16:7).

2. Estejamos firmes: obedecer a Deus é tudo.
Absalão decorou os mandamentos; desde pequeno, a lei de Deus foi gravada em sua mente (Deuteronômio 6:1-9). Davi lhe ensinava: “Não terás outros deuses. Não matarás. Não adulterarás. Não cobiçarás. Lembra-te do dia de sábado. Honra teu pai e tua mãe”. Os mandamentos estavam vivos em sua mente jovem. Davi era seu herói, seu modelo de conduta. Mas, ao ver seu “herói” quebrar o 6º, o 7º e o 10º mandamento, Absalão se desestruturou e passou a agir destrutivamente. Revoltado e cheio de astúcia, quebrou o 5º, o 6º, o 7º e o 10º mandamento. 
Fique atento: o pecado de nossos irmãos não nos autoriza a fraquejarmos na fé, nem a desobedecermos a Deus! Na vida do crente, não existe competição sobre “quem peca mais”. O salvo em Cristo não pode “ir na onda”, “na tendência”, “na pressão dos amigos”. Nesta vida, o cristão vê e ouve muitas coisas; mas de tudo o que tem visto e ouvido, a suma é: "Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem" (Eclesiastes 12:13).

3. Estejamos seguros: diálogo na família é fundamental.
Absalão soube do gravíssimo pecado de seu pai, mas, através dos outros. Ele esperou, por dois anos, que seu pai punisse Amnom, mas não viu o irmão sequer ser repreendido. Com o coração cheio de ódio, fez justiça própria: matou Amnom. Exilado por três anos, jamais foi repreendido por seu ato assassino. Ele decidiu buscar o diálogo com seu pai, que o aceitou de volta, mas lhe virou a cara, por dois anos. Irritado, mandou dizer ao pai: "Agora, pois, quero ver a face do rei; se há em mim alguma culpa, que me mate" (II Samuel 14:32). Em outras palavras, Absalão estava dizendo: “Vamos conversar sobre nossos problemas, pai!” Mas Davi apenas o beijou (II Samuel 15 :33). Que pena! O filho encheu-se de amargura e ódio, e passou a agir com astúcia, dissimulação, até usurpar o trono do pai e morrer. 
Você que é pai, que é mãe, esteja atento: diálogo em casa é fundamental! Se errou, chame os filhos, converse com eles e diga: “O pai pecou, fez besteira; me perdoem, me ajudem a superar minha fraqueza”. Eles vão entender e apoiar. Que pais e filhos se inspirem em Efésios 6:1-4 e conversem bastante.




Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre.