Separado Para Deus

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Jeosafá


Filho de Ailude, que serviu como cronista durante os reinados de Davi e de Salomão. (2 Samuel 8:16; 20:24; 1 Reis 4:3; 1 Crônicas 18:15). 
Um dos 12 prepostos do Rei Salomão. Durante um mês por ano, este “filho de Parua” supria o rei e os da sua casa de alimentos do território de Issacar. (1 Reis 4:7, 17).
Filho do Rei Asa, de Judá, e de Azuba, filha de Sili. Aos 35 anos, Jeosafá sucedeu seu pai no trono, e governou por 25 anos, a partir de 936 AEC. (1 Reis 22:42; 2 Crônicas 20:31) Seu reinado era contemporâneo daquele dos reis Acabe, Acazias e Jeorão, de Israel. (1 Reis 22:41, 51; 2 Reis 3:1, 2; 2 Crônicas 17:3, 4) Foi marcado pela estabilidade, prosperidade, glória e relativa paz com as terras vizinhas. Jeosafá recebia presentes de seus súditos, e tributos dos filisteus e dos árabes. (2 Crônicas 17:5, 10, 11).

Realizações
Jeosafá fortaleceu sua posição por colocar forças militares nas cidades fortificadas de Judá, e guarnições tanto na terra de Judá como no território israelita capturado por seu pai, Asa. Em Jerusalém, um grande corpo de guerreiros valentes servia aos interesses régios; e, em Judá, Jeosafá construiu lugares fortificados e cidades-armazéns. (2 Crônicas 17:1, 2, 12-19). 
Jeosafá, diferente dos reis do reino setentrional de Israel, manifestou grande preocupação com a adoração verdadeira. (2 Crônicas 17:4) Comissionou certos príncipes, levitas e sacerdotes para ensinarem a lei de Jeová nas cidades de Judá. (2 Crônicas 17:7-9) Jeosafá também santificou ofertas sagradas (2 Reis 12:18), e pessoalmente percorreu seu domínio, orientando seus súditos para voltarem a Jeová em fidelidade. (2 Crônicas 19:4) Corajosamente, Jeosafá continuou a campanha contra a idolatria, iniciada por Asa. (1 Reis 22:46; 2 Crônicas 17:6) Mas a adoração incorreta nos altos estava tão arraigada entre os israelitas, que os esforços de Jeosafá não a erradicaram de forma permanente. (1 Reis 22:43; 2 Crônicas 20:33). 
No reinado de Jeosafá também ocorreu a instituição dum sistema judicial melhor. O próprio rei inculcou nos juízes a importância de serem imparciais e isentos de suborno, visto que não julgavam em nome do homem, mas em nome de Jeová. (2 Crônicas 19:5-11). 
Jeosafá mostrou ser um rei que confiava plenamente em Jeová. Quando Judá se viu ameaçado pelas forças coligadas de Amom, de Moabe e da região montanhosa de Seir, ele humildemente reconheceu a debilidade de sua nação em face deste perigo, e orou a Jeová pedindo ajuda. Depois disso, Jeová lutou a favor de Judá por espalhar a confusão nas fileiras inimigas, de modo que mataram uns aos outros. Por conseguinte, as nações circunvizinhas ficaram temerosas, e Judá continuou a usufruir paz. (2 Crônicas 20:1-30).

Relações com o Reino de Dez Tribos
Jeosafá conservou a paz com o reino setentrional, e imprudentemente formou uma aliança matrimonial com Acabe. (1 Reis 22:44; 2 Crônicas 18:1) Por este motivo, em várias ocasiões, foi levado a fazer outras alianças com o reino de Israel.
Numa visita ao reino setentrional, algum tempo depois do casamento da filha de Acabe, Atalia, com seu primogênito Jeorão, Jeosafá concordou em acompanhar o Rei Acabe num empreendimento militar, para recuperar Ramote-Gileade das mãos dos sírios. Entretanto, antes de realmente partir, Jeosafá solicitou a Acabe que indagasse de Jeová. Quatrocentos profetas garantiram o sucesso a Acabe. Mas Micaías, verdadeiro profeta de Jeová, odiado por Acabe, mas chamado por insistência de Jeosafá, predisse a derrota certa. Apesar disso, Jeosafá, talvez para não voltar atrás em sua promessa original de acompanhar Acabe, foi à batalha trajado das vestes reais. Visto que Acabe tomara a precaução de se disfarçar, os sírios erroneamente concluíram que Jeosafá era o rei de Israel e, assim, submeteram-no ao mais pesado ataque. Jeosafá mal conseguiu escapar com vida, e Acabe, apesar do disfarce, foi mortalmente ferido. (1 Reis 22:2-37; 2 Crônicas 18) Ao retornar a Jerusalém, Jeosafá foi censurado por aliar-se insensatamente com o iníquo Acabe, o visionário Jeú lhe dizendo: “É ao iníquo que se deve dar ajuda e é aos que odeiam a Jeová que deves amar? E por isso há indignação contra ti da parte da pessoa de Jeová.”  (2 Crônicas 19:2)
Mais tarde, Jeosafá tornou-se sócio do Rei Acazias, sucessor de Acabe, numa empresa de construção de navios em Eziom-Géber, no golfo de ʽAqaba. Mas Jeová desaprovou esta aliança marítima com o iníquo Acazias. Por isso, em cumprimento de profecia, os navios sofreram naufrágio. (1 Reis 22:48, 49; 2 Crônicas 20:35-37). 
Passado algum tempo, Jeosafá juntou-se a Jeorão, sucessor de Acazias no trono, e ao rei de Edom, numa ofensiva militar para sufocar a revolta do Rei Mesa, moabita, contra o reino de dez tribos. Os exércitos desta aliança, porém, ficaram enredados num ermo desprovido de água. Jeosafá, assim, mandou chamar um profeta de Jeová. Somente por consideração para com Jeosafá é que o profeta Eliseu buscou a inspiração divina, e seu conselho subseqüente salvou os três reis e seus exércitos do desastre. (2 Reis 3:4-25).
Enquanto Jeosafá ainda vivia, ele passou o reino para Jeorão, seu primogênito, mas a seus outros filhos ele deu preciosos presentes e cidades fortificadas em Judá. (2 Reis 8:16; 2 Crônicas 21:3) Especialmente depois da morte de Jeosafá, e de seu sepultamento na Cidade de Davi, foi que a aliança matrimonial com a casa de Acabe mostrou-se desastrosa para o reino de Judá. Sob a influência de Atalia, Jeorão reavivou as práticas idólatras. (1 Reis 22:50; 2 Crônicas 21:1-7, 11).
Pai do Rei Jeú, de Israel. (2 Reis 9:2, 14).




Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

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