Separado Para Deus

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Lázaro, O Amigo de Jesus


Lázaro foi irmão de Marta e Maria, conhecido na narrativa bíblica por ter sido ressuscitado por Jesus. O nome “Lázaro” é uma forma abreviada do nome hebraico Eleazar, que significa “aquele a quem Deus ajudou”. A história de Lázaro está registrada no Evangelho de João. Neste estudo bíblico conheceremos um pouco mais sobre quem foi Lázaro na Bíblia.
Antes de falarmos sobre a história de Lázaro de Betânia, obviamente não podemos deixar de mencionar o outro Lázaro citado no Novo Testamento. Trata-se do Lázaro personagem da história sobre o homem rico contada por Jesus (Lucas 16:19-31).

A história de Lázaro
Lázaro morava em Betânia da Judéia, e era o irmão de Marta e Maria. Sua história está registrada na Bíblia no Evangelho de João (João 11:1-44). Também no mesmo livro, Lázaro aparece em um jantar dedicado a Jesus (João 12:1-3).
Nada se sabe sobre a biografia de Lázaro ou suas características pessoais além das informações sobre suas irmãs e o local onde morava. A narrativa bíblica se concentra no episódio marcante do milagre de sua ressurreição.
Alguns detalhes do texto bíblico nos mostram que Lázaro e sua família possuía certa proximidade com Jesus. A Bíblia diz que Jesus amava aquela família (João 11:3,5). Além disso, ao falar com seus discípulos, Jesus se referiu a Lázaro como “nosso amigo” (João 11:11).

Jesus ressuscita Lázaro
O capítulo 11 do Evangelho de João descreve um milagre extraordinário realizado por Jesus. Os Evangelhos de Marcos e Lucas também relatam outras duas ressurreições realizadas pelo Senhor. São elas: a filha de Jairo (Marcos 5:22-42) e o filho da viúva de Naim (Lucas 7:11-18).
Entretanto, o milagre sobre Lázaro se difere de certa forma dos outros. Isso porque Lázaro foi o único deles que já estava sepultado há quatro dias quando ressuscitou. Embora Jesus tenha sido avisado sobre a enfermidade de Lázaro, o texto de João enfatiza o propósito de Jesus naquela situação; a saber, ressuscitar um morto ao invés de curar um doente (João 11:3; 11-15).
Os estudiosos geralmente concordam que o milagre realizado a favor de Lázaro tenha sido o mais emblemático durante o seu ministério antes de sua crucificação, morte e ressurreição.
Mas certamente tal milagre foi profundamente revelador acerca da pessoa e da obra de Cristo. Esse milagre apontou para Jesus como o verdadeiro Filho de Deus, “a ressurreição e a vida” (João 11:25). Entre aqueles que testemunharam a ressurreição de Lázaro, ninguém duvidou do ocorrido. Então houve aqueles que creram em Jesus, e houve também aqueles que rejeitaram a glória de Deus revelada através d’Ele. Essas pessoas foram denunciá-lo aos principais dos sacerdotes e fariseus (João 11:45-47).
Após a denúncia, a sequência do texto nos mostra que o milagre da ressurreição de Lázaro despertou ainda mais a vontade dos fariseus em condenar Jesus (João 11:57). Além disso, eles também planejaram matar a prova do milagre: o próprio Lázaro (João 12:9-11).

Lázaro realmente foi ressuscitado?
Para quem têm a Bíblia como a inerrante e infalível Palavra de Deus, a base presente no texto do Evangelho de João é suficiente para atestar que Lázaro realmente foi ressuscitado. Entretanto, alguns críticos tentam questionar a autenticidade do relato sobre Lázaro. Eles questionam, principalmente, o fato de os Evangelhos Sinóticos não registrarem tal milagre.
Mas é perfeitamente sabido que o Evangelho de João difere em seu estilo dos Evangelhos Sinóticos. Além disso, há relatos sobre o ministério de Jesus (incluindo os milagres) que são priorizados mais em um determinado Evangelho do que em outro. Dessa forma, os quatro Evangelhos se completam. Então não há qualquer problema ou dificuldade no fato dos Evangelhos Sinóticos não terem registrado o milagre de Jesus sobre a vida de Lázaro.
Ademais, é possível dizer também que a história da ressurreição de Lázaro foi registrada por uma testemunha ocular. Essa narrativa não possui qualquer semelhança com os fantasiosos registros apócrifos, ao contrário, ela é uma descrição simples, clara, objetiva e sensível ao contexto da situação.
Também é digno de nota o silêncio acerca das experiências de Lázaro durante os quatro dias em que esteve morto e sepultado. É comum alguns pregadores e comentaristas se arriscarem em alegorias sobre essa questão. Inclusive, tem até aqueles que dizem que Lázaro estava participando de um culto no além, quando ouviu a voz de Jesus o chamar. Claro que isso é um absurdo.
A verdade bíblica sobre essa questão é que nenhuma palavra foi dita a respeito. É plenamente possível entender a doutrina bíblica a respeito do estado intermediário dos mortos, mas com base em outros textos.

O silêncio de Lázaro
Também não há qualquer sentido em utilizar o silêncio do texto em relação ao que se passou com Lázaro enquanto este estava morto, para tentar justificar o ensino acerca do sono da alma (repouso inconsciente, psicopaniquia) como alguns fazem.
Realmente a alma está adormecida para as atividades do mundo terreno (Jó 7:9; 10; Eclesiastes 9:6). Mas isto não significa um repouso inconsciente. A Bíblia é muita clara ao ensinar que as almas dos mortos estão completamente despertada e consciente em seu próprio mundo, seja ele o local de punição para os ímpios que é o inferno em seu estado presente, ou ao lado do Senhor no Céu (Lucas 16:19-31; 23:43; 2 Coríntios 5:8; Filipenses 1:21-23; Apocalipse 7:15-17; 20:4). O silêncio de Lázaro definitivamente não contradiz essa doutrina bíblica.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

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