Separado Para Deus

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Lídia, A Hospitaleira


Lídia foi uma das mulheres descritas no Novo Testamento no período dos apóstolos na Igreja Primitiva. A Bíblia não nos fornece muitas informações sobre Lídia, mas o pouco que sabemos já é suficiente para entendermos que essa mulher teve uma participação importante no início da História da Igreja.

A Região de Lídia
Para não haver confusão, antes de falarmos da mulher Lídia, primeiramente é preciso citar que “Lídia” era o nome de uma região da Ásia Menor, a qual ficava algumas cidades, entre elas, Sardes, Tiatira e Filadélfia. Às vezes algumas cidades costeiras como Esmirna e Éfeso eram reputadas como “cidades lídias”, e outras vezes como cidades gregas.
Na região de Lídia ficavam as áreas mais férteis e cultivadas da península e, além de suas riquezas naturais, sua localização era privilegiada, estando sobre as principais rotas que ligavam o interior da Ásia Menor à costa, dando às suas cidades uma grande importância comercial.


Quem foi Lídia?
Lídia foi uma mulher natural de Tiatira, na região de Lídia (por isso foi preciso a explicação acima), que, em Filipos, se tornou, possivelmente, uma das primeiras pessoas (se não a primeira) europeia convertida no ministério de Paulo.
Quando o apóstolo Paulo foi para Filipos, onde Lídia vivia, o Evangelho foi pregado e Deus abriu o coração de Lídia para que ela recebesse o Evangelho (Atos 16:14). Depois de ser batizada, ela ofereceu hospedagem à Paulo, Silas e Lucas (Atos 16:14,15,40). Inclusive após a experiência da prisão de Paulo e Silas, ambos retornaram à casa de Lídia antes de partirem.

E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.

E, depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.
(Atos 16:14,15)



E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram.
(Atos 16:40)



Lídia era uma mulher de posição (Atos 17:4,12), sendo cabeça da família, o que significa que era viúva ou solteira. Ela era comerciante de corantes purpurinos, e dados históricos indicam que a cidade de sua cidade de origem, Tiatira, era renomada por suas tinturas de púrpura.
Ela era prosélita judia, ou seja, convertida ao monoteísmo ético do judaísmo, isto é, a religião judaica. Pode ser que nas referências pessoais de Paulo em Filipenses 4:3, Lídia esteja incluía, porém, visto que ela não é mencionada nominalmente, pode ser possível que ela já tivesse falecido ou deixado à cidade. De qualquer forma, é certo que a hospitalidade demonstrada por Lídia, se tornou tradicional na igreja de Filipos (Filipenses 1:5; 4:10).
Quanto ao nome “Lídia”, este pode ser uma forma adjetivada como “a mulher lídia” ou “a lidiana”, pois tais nomes éticos eram comuns, mas também “Lídia” podia ser, igualmente, um nome próprio.



Abraços e fique na paz do Senhor Jesus Cristo.

Neander Silvestre

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