Separado Para Deus

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Lúcifer ou Diabo?


Observação: Quero deixar claro sobre essa biografia, sei que muitos talvez não concorde estar ela no meio de tantas que fizeram história do povo de Deus porém, não podemos deixar de falar sobre o MAL, pois, é com ele que lutamos e muitos hoje em dia não sabem com que força está enfrentando. Outra coisa a questão da origem do diabo e as interpretações desses textos, corresponde à fé individual de cada um. O mais importante realmente é saber que JESUS CRISTO venceu o diabo na cruz e nos deu autoridade para lutar contra ele, a partir do momento que cremos e vivemos a fé em JESUS CRISTO. Digo que sou inclinado a crer na primeira interpretação, pois não creio que Deus houvesse criado o diabo como ele é. Deus fez uma criação perfeita a princípio, sem a presença do mal. Creio que Satanás era um anjo dotado de autoridade no céu e puro, porém se corrompeu, gerando o mal. 
Uma passagem que indica que o diabo já teve autoridade sobre os anjos, está na epístola de Judas 1:9, quando o próprio arcanjo Miguel não quis se levantar contra ele, antes pedindo que Deus o repreendesse (a passagem completa em questão fala sobre se levantar contra autoridades). 
Lembramos que a Bíblia, à luz da direção do Espírito Santo, é uma palavra viva. Deus usa até mesmo palavras que à época foram dirigidas a outras pessoas, em outros casos e outros momentos da história, para nos revelar coisas para usarmos hoje. Há a grande possibilidade de que o Espírito Santo tenha usado essas passagens para revelar para nós a origem do nosso inimigo. Para mim, é a teoria que faz mais sentido. Venho ressaltar que trata-se de um crença particular. A partir do momento que não está explicitamente escrito, tudo o que podemos fazer é teorizar. Vamos ao estudo agora...

Lúcifer significa “portador da luz”. Esse nome tem origem latina e era utilizado para se referir ao planeta Vênus. Esse planeta é o astro mais brilhante visível na terra depois do sol e da lua. Seu brilho é mais percebido pela manhã. Daí também vem a tradução “estrela d’alva”. Com o tempo, o nome Lúcifer passou a ser associado pelas pessoas ao diabo. 
Por conta dessa associação, muita gente pensa que Lúcifer é o nome próprio do diabo. Daí surge a curiosidade acerca do significado de Lúcifer na Bíblia.

O Significado de Lúcifer na Bíblia
A palavra lúcifer é um substantivo masculino latino que transmite o significa de “aquele que brilha”, ou “portador da luz”. Como a Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego, a palavra lúcifer não é encontrada originalmente nela. 
Mas quando os textos bíblicos foram traduzidos para o latim, a palavra lúcifer foi empregada em alguns casos para traduzir os termos originais. Em todas essas vezes, nunca lúcifer aparece como nome próprio. Seu sentido correto dependerá do contexto. Na tradução latina o termo lúcifer é aplicado tanto no sentido literal para se referir à estrela matutina, quanto no sentido figurado para indicar a proeminência e importância de um homem, ou mesmo para se referir à glória de Deus e a pessoa de Cristo. 
No Antigo Testamento, a palavra lúcifer serviu para traduzir o hebraico helel (Isaías 14:12). Esse termo hebraico significa “brilhante” ou “o resplandecente”. Já no Novo Testamento, o substantivo lúcifer traduz na versão latina o termo grego heosphoro, que significa “que leva luz” (2 Pedro 1:19). 

Lúcifer é o Nome do Diabo? 
Definitivamente Lúcifer não é o nome próprio do Diabo. Não há qualquer referência bíblica que faça essa afirmação. Além disso, nem Jesus ou mesmo os apóstolos se referiram à Satanás designando-o pelo nome de Lúcifer. 
Nos primeiros anos da Igreja, por exemplo, muitos cristãos, especialmente romanos, se chamavam Lúcifer. Mas a partir do século 3 d.C., tornou-se comum entre os cristãos a associação do nome Lúcifer com Satanás. Assim, pode-se dizer que o nome Lúcifer passou a ser o apelido popular do diabo. 
Isso aconteceu devido a uma antiga interpretação cristã do século 4 d.C. sobre o texto de Isaías 14:12. Nesse texto o profeta Isaías aplicou o hebraico helel como um título insultuoso para se referir a pomposidade do rei da Babilônia. No auge de sua glória, esse rei desfrutava de tamanho status entre os homens, que ele se considerava um deus. 
Alguns estudiosos pensam que nessa passagem Isaías está referindo ao imperador babilônio e aos dias de glória que o Império Babilônico experimentou desde o governo do rei Nabucodonosor. Então em seguida ele profetiza sua ruína. Mas outros estudiosos, mais acertadamente, defendem que o contexto indica que Isaías está se referindo ao rei da assíria, e profetiza sua queda. Naquela época a Babilônia estava sob o domínio do Império Assírio, e os reis assírios também se denominavam reis da Babilônia. 
Seja como for, é nesse contexto que o profeta aplica um tipo de canção de escárnio ao falar da queda daquele rei e seu império. Em sua profecia ele utiliza um recurso de linguagem poética para enfatizar a soberba e iniquidade daquele governante. Esse tipo de estilo literário nos textos proféticos é relativamente comum no Antigo Testamento (Ezequiel 28). 
Além disso, ele aplica muito apropriadamente o título de estrela da manhã, traduzido por lúcifer, ao rei soberbo. Os babilônios e os assírios tinham grande ligação com a astrologia, e costumavam personificar a estrela matutina como uma divindade. 

É Correto Chamar o Diabo de Lúcifer? 
Alguns intérpretes cristãos no começo da Idade Média entenderam que esse texto de Isaías é um tipo de referência velada à Satanás. Daí começaram a aplicar o nome Lúcifer como um de seus títulos, sendo adotado até mesmo por grupos que o cultuam. Mas essa é uma interpretação equivocada do texto de Isaías, bem como uma aplicação inadequada do substantivo lúcifer. 
A Bíblia refere-se ao diabo por outros nomes e títulos. O principal deles é Satanás, que significa “adversário”. Mas ele também é chamado de várias outras formas. Por exemplo: ele é chamado de dragão, maligno (belial), pai da mentira, tentador e outros (Apocalipse 12:3,7,9; 2 Coríntios 6:15; João 8:44; 1 Tessalonicenses 3:5). Portanto, não é correto chamar o diabo de Lúcifer porque esse não é o seu nome. 
A prova disto é que o apóstolo Pedro aplica o grego heosphoros, traduzido para o latim pela palavra lúcifer, ao próprio Cristo (2 Pedro 2:19). Segundo o livro do Apocalipse, o único que verdadeiramente pode receber o título de Estrela da Manhã é o Cristo glorificado (Apocalipse 22:16).
Acredito eu Neander Silvestre, com base em Apocalipse 22:16, isso tudo, por nome Lúcifer se referir ao diabo, foi uma estratégia do diabo para que de uma certa forma as pessoas sem conhecimento bíblico o venha chamá-lo "Anjo de Luz ou até mesmo Estrela da Manhã".
Outra coisa, ninguém sabe o certo sua origem, a Bíblia não fornece informações diretas sobre a origem do diabo. Tudo o que sabemos é que Deus é o único criador de todas as coisas (Gênesis 1). Isso significa que o diabo é uma criatura de Deus. Consequentemente, também não há detalhes sobre como e quando aconteceu a queda de Satanás.
O fato de a Bíblia não explicar a origem do diabo está relacionado ao fato de que ela não descreve detalhadamente a criação dos seres celestiais. Eles foram criados por Deus, mas as Escrituras não esclarecem quando isso exatamente ocorreu.

Deus Criou o Diabo Mau?
A Bíblia diz que Deus é santo e justo, e Dele não pode provir o mal moral (Tiago 1:13). Portanto, isso significa que apesar de a Bíblia não relatar a origem do diabo, ela nos indica claramente que Deus não o criou mau.
Quando alguma passagem bíblica diz que Deus cria o mal, a referência é ao mal temporal, e não ao mal moral. O mal temporal é o castigo enviado por Deus por causa do pecado. Já o mal moral é o próprio pecado em si. Se Deus tivesse criado o diabo originalmente corrompido moralmente, isso faria d’Ele o próprio autor do pecado. 
Além disso, o mal moral é a transgressão da Lei de Deus. Essa Lei é a expressão da natureza e do caráter divino. Portanto, é impossível que Deus seja o autor do mal filosófico, pois isso implicaria num ato contrário à sua própria natureza. Isso significa que devemos entender o mal moral como aquilo que é oposto a Deus. Quando certas criaturas de Deus resolveram desobedecê-lo, esse mal se tornou experiencial.
Logo, a melhor interpretação é a de que o diabo foi criado por Deus como uma criatura boa, assim como os demais anjos. Sendo um ser racional, ele recebeu de Deus a capacidade de tomar decisões morais e ser responsável por elas. Então por conta própria, fazendo uso de seu livre-arbítrio, num determinado momento ele resolveu transgredir a Lei de Deus.

Quando Ocorreu a Queda de Satanás?
A Bíblia também não informa quando ocorreu a queda de Satanás. Sabemos apenas que quando Adão e Eva pecaram, Satanás agiu como o tentador. Isso indica que naquele momento ele já havia pecado contra Deus (Gênesis 3). A antiguidade dessa rebelião de Satanás está de acordo com a informação do próprio Jesus, ao dizer que o diabo “foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade” (João 8:44).
A história da queda de Satanás conforme é conhecida pelos cristãos, é muito mais fundamentada em narrativas inventadas do imaginário popular, do que na própria Bíblia. Essas narrativas ganharam projeção especialmente a partir do século 4 d.C. e permanecem até hoje.
A informação bíblica mais clara acerca da queda de Satanás foi dada pelo apóstolo Paulo. Ele simplesmente informa que Satanás caiu por causa de seu orgulho (1 Timóteo 3:6). Mas o apóstolo não desenvolve essa ideia e nem explica sua afirmação.
O livro do Apocalipse se refere a uma expulsão de Satanás e seus anjos do céu (Apocalipse 12:7-12). Mas esse texto não se refere à queda inicial de Satanás, e sim à sua derrota esmagadora por ocasião da morte e ressurreição de Cristo (João 12:31; Colossenses 2:15). Nesse momento ele caiu de sua posição de acusador dos filhos de Deus (Apocalipse 12:10; Jó 1).

A Bíblia Fala do Diabo Quando Ele Era Um Anjo de Deus?
Desde muito cedo na História da Igreja, alguns intérpretes começaram a reconhecer em alguns textos bíblicos uma possível referência à origem e queda do diabo. Os três principais textos nesse sentido são: Isaías 14:4; Ezequiel 28:13-15 e Lucas 10:8. Vejamos rapidamente cada um destes textos.

Isaías 14:4 descreve a queda de Satanás?
Isaías 14:4 é uma profecia de Isaías contra o rei da Babilônia (Isaías 14:4). Em sua profecia, o profeta aplicou ao rei orgulhoso o título de “estrela da alva”, e falou sobre como ele “caiu do céu”. A expressão hebraica para “estrela da alva” foi traduzida pela palavra latina lucifer, que significa “portador da luz”. Como essa antiga interpretação vê nessa passagem uma referência oculta a Satanás, então daí veio a tradição popular de atribuir ao diabo o nome de Lúcifer. Como eu já falei no início dessa biografia.
Mas essa aplicação é completamente errada. Lúcifer é um substantivo masculino utilizado na tradução da Bíblia em latim. Esse mesmo substantivo é aplicado na tradução do Novo Testamento para se referir a Cristo (2 Pedro 2:19). Considerando o contexto da profecia de Isaías e o estilo literário de seu texto, não há qualquer evidência realmente irrefutável de que o profeta se refere veladamente à queda de Satanás.
É claro que a Bíblia diz que Satanás é a influência por detrás do poder corrupto e ganancioso do homem (Daniel 10:13,20). Mas nessa passagem de Isaías é bem provável que as palavras poéticas de escárnio sejam dirigidas diretamente ao governante humano.
Os estudiosos têm se divido sobre a identificação desse rei. Na época do profeta Isaías a Babilônia era uma cidade importante, mas ainda não havia se tornado uma superpotência. O império dominante da época era o assírio, que inclusive regia sobre a Babilônia. Somente mais tarde a própria Babilônia acabou derrotando os assírios e se tornando o maior império que o mundo havia visto até então, especialmente sob o governo do rei Nabucodonosor, como também já comentei no início.
Então alguns estudiosos acreditam que Isaías estava profetizando exatamente a ascensão e queda da Babilônia como império. Mas o contexto parece favorecer muito mais a interpretação de que Isaías profetizou a queda do próprio Império Assírio. Não há qualquer contradição no fato de ele se referir ao rei assírio como rei da Babilônia. Naquele tempo a Babilônia fazia parte das possessões assírias, e os reis assírios também eram chamados de reis da Babilônia.

Ezequiel 28:13-15 fala da origem do Diabo?
Ezequiel 28:13-15 traz uma profecia e lamentação contra a cidade e o rei de Tiro. Nesse texto alguns intérpretes também enxergam uma possível referência à origem do diabo. Isso porque o profeta fala do governante de Tiro como um sábio querubim ungido. Mas possivelmente o texto de Ezequiel segue o mesmo princípio do texto de Isaías.
O profeta Ezequiel usa um recurso literário para ilustrar toda a importância da cidade de Tiro e a soberba de seu rei. Esse estilo literário é muito utilizado em textos proféticos. No próprio livro de Ezequiel essa característica se repete. No capítulo 32, por exemplo, o Egito é descrito e comparado aos elementos do Éden.
Analisando à luz de seus contextos imediato e amplo, parece que nos textos de Isaías e Ezequiel, os profetas dirigem suas palavras proféticas aos monarcas e seus reinos. Eles falam de toda importância que esses reis conseguiram naquele momento da História. Deus fez com que eles prosperassem, mas quando a soberba cresceu em seus corações, o próprio Deus os abateu. O orgulho humano pode alcançar proporções gigantescas, mas ainda assim é humano, e não angélico.

Lucas 10:18 fala sobre Satanás caindo do céu?
O capítulo 10 do Evangelho de Lucas descreve uma missão em que Jesus enviou setenta discípulos para pregar o Evangelho. Conforme a mensagem de Cristo era pregada, enfermos eram curados e demônios expulsos.
Esses discípulos retornaram comemorando os resultados obtidos na missão (Lucas 10:17). Foi então que Jesus disse a eles que “via Satanás, como raio, cair do céu”. Em outras palavras, Jesus disse que naqueles eventos era possível contemplar Satanás sendo derrotado. Era o reino de Deus sendo estabelecido e impondo uma derrota aos propósitos do diabo.
A cada enfermo curado, a cada pessoa que ouvia as boas novas da salvação e a cada demônio expulso, o reino do mal ruía. Portanto, de acordo com esse contexto, não faria qualquer sentido Jesus fazer uma referência à origem do diabo e sua queda inicial.

A Origem do Diabo não é Importante?
Por algum motivo, Deus, em sua sabedoria, não considerou importante nos revelar detalhes sobre a origem do diabo e sua consequente queda. É interessante notar que o livro de Gênesis, onde os atos criativos de Deus são descritos, simplesmente não faz qualquer referência sobre esse assunto.
Por causa da obra redentora de Cristo, com sua vida, morte e ressurreição, o Diabo foi vencido. Nos tempos antigos, o Diabo exercia um domínio das trevas que cegava e enganava as nações. Mas com o advento do Messias, o “valente foi amarrado”, e agora as boas novas da salvação são proclamadas em toda parte do mundo (Mateus 12:25-29). 
Mas se por um lado a Bíblia se cala sobre a origem do diabo, por outro ela nos informa perfeitamente o seu destino final. Se não temos os detalhes sobre como foi a queda de Satanás no princípio, temos detalhes suficientes sobre como será sua condenação certa na consumação dos séculos. Quando Cristo voltar, Ele trará a plenitude de seu reino, e Satanás e seus agentes serão lançados no lago de fogo. Ali eles serão atormentados por toda a eternidade (Apocalipse 20:10).
Isso significa que de certa forma o Diabo se tornou impotente, no sentido de que ele não pode impedir que o Evangelho avance (Hebreus 2:14). Ele já foi derrotado na cruz de Cristo, e essa derrota é irreversível. Ele sabe que possui pouco tempo, e agora é obrigado a experimentar a terrível expectativa de em breve ser castigado no inferno para sempre (Apocalipse 20:10).
Espero que tenham gostado dessa biografia e estou a disposição para sugestões e ouvir seus comentários, lembrando que cada um com seus conhecimentos e crenças, essa é a minha.




Abraços e Fiquem Na Paz do Senhor Jesus Cristo

Neander Silvestre.

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